Vice-presidente do setor de animação Marvel fala sobre novos projetos na Rio 2C

Cort Lane, Vice-Presidente Sênior da Marvel para Animação e Entretenimento Familiar, esteve presente na Rio Creative Conference Rio 2C. O encontro girou em torno de como a empresa consegue atingir novas audiências além de seu público alvo. Ele apresentou prévias de séries animadas como  Marvel Super Hero Adventures, destinada ao público pré-escolar e Marvel Rising, que tem como alvo meninas entre 7 e 11 anos de idade.
No painel mediado pelo jornalista Roberto Sadovski, ele falou sobre o motivo pelo qual o Homem-Aranha fascina tanto o público. Segundo Lane, é um personagem humano, que acumula perdas como todos nós.

Perguntado sobre o sucesso de Pantera Negra, ele afirmou que a Marvel até sabia que iria se tornar algo. Mas não foi fácil de convencer o resto do mundo disso. A organização estava sendo preparada mas não havia o apoio dos parceiros que queriam. Agora já há uma série animada do personagem em desenvolvimento. Ele também foi perguntado sobre a volta do Quarteto Fantástico (depois da compra de parte da Fox pela Disney). Por enquanto o estúdio aguarda um tempo devido a questões legais a serem dirimidas. “Mas tem tudo para ser bem sucedido” disse.

Na coletiva para a imprensa, Cort foi perguntado se a Marvel gostaria de se inserir no nicho de animações para um público mais velho. “Nós pensamos nisso o tempo todo. À medida que a Marvel vai crescendo o nosso público tem sido cada vez mais voltado para os adolescentes, jovens adultos. E estamos lançando agora em setembro um filme voltado para meninas de 7 a 11 anos. Quanto aos adultos, levando-se em conta os 70 anos de publicação da empresa e o quanto isso já é conhecido, mais os espetaculares filmes, a gente acha que já está coberto.” Segundo ele, o objetivo é levar conteúdo a um novo público e não tanto aos adultos.

Marvel Rising: tem como público alvo meninas pré-adolescentes

Outra pergunta foi se ainda há espaço para espontaneidade na criação. Segundo Cort, eles têm a oportunidade de trabalhar muito com o Stan Lee. O que para ele é ótimo e muito útil pois às vezes há dificuldade da equipe em pronunciar alguns nomes. Ele garante que ainda seguem o que acham que dará certo. O que as equipes fazem é entender melhor os novos públicos. Stan Lee diz que o mais importante é a história a ser contada, e se for o caso deve ser adaptada. O Peter Parker nos anos 60 era fotógrafo de jornal. Uma criança hoje não sabe o que é um jornal. O que faria sentido ele ser hoje seria hoje? No “Rising” colocaram dezenas de personagens para as meninas escolherem. “Mas isso não acaba com a essência de tudo”, concluiu.
Misto de rodadas de negócio, pitchings, conferência e festival, o Rio 2C, que acontece de 3 a 8 de abril, tem o propósito de reunir profissionais do audiovisual, da música e de inovação para debater, construir políticas e fazer negócios, com um line up de palestrantes, criadores e decisores de nível global.

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