Diferentes realidades, localidades, pessoas e vivências conectadas pela mobilidade do dia a dia e, ao mesmo tempo, distanciadas pelas diferenças. Nesse caldo caótico, como viver juntos? Essa questão é o ponto de partida do espetáculo “Entre Horizontes Móveis”, que estreia em única e gratuita apresentação na sexta-feira, dia 15 de julho, às 20h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Salão Assyrio, na programação de aniversário de 113 anos do local.
Com concepção e direção de Daphne Madeira, o espetáculo integra música, dança, voz, discurso e espaço para abordar a diversidade de corpos, lugares, peles, gêneros, e, a partir dessa mistura, traça um plano comum na resposta a questionamentos que perpassam séculos: “Como viver juntos? Como viver juntos nas diferenças e por elas? Como caminhar juntos na horizontalidade e entre a verticalidade dos prédios, dos monumentos, da cidade, do concreto?”
O elenco conta com 10 performers criadores – Amanda Gouveia, José Rodrigues, Lagarthixaa, Laís Castro, Luana Bezerra, Mery Horta, Salasar Junior, Sanguessuga, Tais Almeida e Theuse Luz da Pavuna – que participam ativamente da composição dos movimentos entrelaçados com a trilha sonora e performance assinadas por Dani Roland, Fernando Alves Pinto e Murilo O’Really. O figurino é de Josef Chasilew.
– O espetáculo gira em torno do horizonte como um não-lugar, utópico. Os corpos começam a caminhar, corpos nômades que aportam no linóleo branco vindos de algum lugar na periferia, um não-lugar no império hegemônico da cidade murada. Eles chegam explodindo muros, borrando fronteiras, sujando o espaço cênico. Misturam danças com seus corpos, movimentam ouvidos, cheiros, olhares e sentidos, ao derrubar o senso comum como sentido único. Na contramão, traçam no espaço da cena um plano comum de uma comunidade descentrada, onde a expectativa de futuro os faz aprisionados em um presente perpétuo caótico/distópico. Neste lugar, onde os acontecimentos se dão nos encontros e desencontros, no contágio entre os corpos que nunca saem de cena, algo do passado chega como um grito que ecoa ancestral. Cada território se mistura no mapa-múndi. É possível reverter esse mapa? Por isso clamam, sussurram e dançam sem parar. Isso é um convite na emergência do presente onde estamos: entre territórios móveis. Desejamos abrir a escuta aos acontecimentos que traçam a mobilidade dos corpos no chão da composição, no chão do Rio, no chão do Brasil, no chão do mundo – explica Daphne Madeira.
“Entre Horizontes Móveis” é uma realização da SL Produções com apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, por meio do edital “Municipal em Cena”. A classificação etária é 18 anos.
Serviço:
Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Salão Assyrio
Endereço: Praça Marechal Floriano, s/n, Centro – entrada pelo Boulevard Treze de Maio
Data e horário: Sexta-feira, 15 de julho, às 20h
Lotação: 250 lugares
Entrada Franca
Classificação etária: 18 anos
Ficha técnica:
Concepção e Direção: Daphne Madeira
Performers Criadores: Amanda Gouveia, José Rodrigues, Lagarthixaa, Laís Castro, Luana Bezerra, Mery Horta, Salasar Junior, Sanguessuga, Tais Almeida e Theuse Luz da Pavuna
Colaboração: Denise Milfont
Assistentes: Laís Castro, Mery Horta e Tais Almeida
Trilha sonora e performance: Dani Roland, Fernando Alves Pinto e Murilo O’Really
Figurino: Josef Chasilew
Vídeos: Mó Coletivo
Design de luz: Fernanda Mantovani
Comunicação: INOVA BRAND
Assessoria de imprensa: Carlos Pinho (Agência Sobe / Fato Coletivo)
Fotos de Divulgação: Iago Bruno Zuccarini
Direção de Produção: Filomena Mancuzo
Produção Executiva: Marcela Rosário
Assistente de Produção: Celso Rodrigues
Produção Geral: Sérgio Lopes
Coordenação e Realização: SL Produções
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