Com estreia nacional é no dia 14/12 no Rio, no Teatro Oi Futuro Flamengo, “Guerra em Iperoig” será exibida gratuitamente até dia 17 de dezembro.
“Guerra em Iperoig” abarca um episódio relevante na historiografia nacional pouco conhecido pelo grande público e, segundo Aury Porto, “a montagem propõe uma reflexão, à luz do nosso passado histórico, sobre nossa sociedade, em toda a sua complexidade. Um fato que atravessa toda a história do Brasil.
Em 1500, os portugueses chegaram no Brasil. Em 1534, o Rei de Portugal autorizou, aos donatários das capitanias hereditárias, a escravização indiscriminada dos índios brasileiros. Em 1554, cinco chefes tupinambás se reuniram e fundaram a Confederação dos Tamoios, com o objetivo de enfrentar os portugueses e resgatar índios escravizados.Em 1563, percebendo que a Confederação dos Tamoios venceria essa guerra, Portugal enviou os padres Nóbrega e Anchieta para firmar a “Paz de Iperoig”, no local onde é hoje a cidade de Ubatuba, em São Paulo. Em 1567 os portugueses travam a “guerra justa” contra o povo de Cunhambebe, Aimberê, Pindobuçu, Araraí e Coaquira.
A traição dos portugueses, no episódio da “Paz de Iperoig”, que levou à quase total dizimação dos Tupinambá, foi a primeira de uma série ininterrupta de traições aos brasileiros do litoral e ao litoral brasileiro em si.
As histórias de traição se repetem de tempos em tempos nessa faixa litorânea, entre Cabo Frio (RJ) e São Vicente (SP), território da ex-grande Nação Tupinambá.
A peça faz esta trajetória entre os Tupinambás e os colonizadores, do mito ao Anchieta – o grande diplomata que intermediou a relação entre eles – , passando pela guerra travada posteriormente após terem se aliado para expulsar os franceses do litoral do Rio de Janeiro. A leitura da mundana companhia é a história das guerras de colonização, da guerra entre os naturais da terra de todas as Américas e os povos colonizadores, que passa pelo apagamento e esquecimento e nesse enredo termina com uma revolta estética e ideológica dos indígenas.
A peça que será exibida ao vivo diretamente do Teatro Oi Futuro Flamengo com roteiro adaptado para a linguagem digital com cenas pré-gravadas e ao vivo, dando continuidade à linguagem da mundana e ao mesmo tempo respeitando o distanciamento imposto pela pandemia da Covid-19.
FICHA TÉCNICA
texto_André Sant’anna
roteiro_ Aury Porto, Cristian Duarte, Joana Porto, Roberta Schioppa, Rogério Pinto e Zahy Guajajara
direção coletiva_mundana companhia
elenco_Aury Porto, Érika Puga, Silvero Pereira e Zahy Guajajara
participações de Anderson Kary Báya, Gui Calzavara, Igor Pedroso, Lian Gaia, Mariana Ximenes e Raquel Kubeo
cenografia_Rogério Pinto
iluminação_Wagner Antonio
direção musical_Gui Calzavara
figurino_Joana Porto e Rogério Pinto
direção vocal e interpretativa_Lúcia Gayotto
direção de movimento_Christian Duarte
colaboração conceitual_Renato Sztutman e Stelio Marras
operação de som e cortes_ Ivan Garro
assistência e operação de luz_Dimi Luppi
direção de palco_Arthur Costa
câmera, captação e edição de imagens e sistema de transmissões_
Bruna Lessa – Bruta Flor Filmes
assessoria de imprensa_Adriana Monteiro
fotos_Renato Mangolin
produção executiva _Bia Fonseca
produção_Aury Porto e Marlene Salgado
SERVIÇO
GUERRA EM IPEROIG – uma criação da mundana companhia
Temporada ao vivo: 14 a 17 de dezembro
16 de dezembro – apresentação com tradução em libras
Acesso gratuito: Canal Youtube do Oi Futuro, às 20h
Duração: 50 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
A apresentação do dia 16 de dezembro (quarta-feira) contará com tradução em libras.
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