Com toda a sua popularidade, não demorou muito para que Batman tivesse um seriado baseado em suas aventuras dos quadrinhos. Em 1943, a Columbia Pictures produziu um seriado de 15 episódios para as matinês de 15 a 30 minutos, em que a Dupla Dinâmica enfrentava o Dr.Daka. Na época, os americanos tinham um forte sentimento antinipônico por causa da Segunda Guerra Mundial. O seriado criou a Batcaverna, que acabou sendo aproveitada nos quadrinhos e na famosa série de TV. Em 1949, um novo seriado (agora colorido) mostrava Batman e Robin enfrentando o Wizard, que usava estranhas invenções para obter dinheiro de Gotham City.
Mas foi somente na década de 60 que Batman se tornou mais. Entre 1966 a 1968 a ABC produziu para a TV o seriado Batman, onde o barrigudinho Adam West interpretava o Homem Morcego e Burt Ward era Robin, que ficou famoso pelas inúmeras interjeições usando “Santa…!” ou “Santo…!”, como “Santa Sardinha!” ou “Santo Buraco na Rosquinha!”, entre outros.
Com seus cenários coloridos, suas tramas absurdas, as famosas onomatopéias durante as cenas de luta (Pof!!!, Soc!!!, Biff!!!, etc) e com ótimos atores convidados para serem os vilões (como Cesar Romero como Coringa, Burgess Meredith como Pingüim, entre outros), “Batman” foi um imenso sucesso que possui fãs até hoje.
O problema é que a série era cômica demais para ser levada a sério, o que fez com que o personagem caísse no ridículo em situações embaraçosas, como enfrentar o Coringa numa competição de surf, usando um calção amarelo enorme, assim como diálogos infames que davam a entender que Batman e Robin tinham um caso. Este “estilo” ficou marcante nas aparições de Batman e Robin após o fim da série (por ser cara demais pra produzir), como por exemplo no desenho “Superamigos“, produzido pela Hanna-Barbera em 1973 e no terrível “As Novas Aventuras de Batman” (1977-1978), onde a Dupla Dinâmica enfrentava o crime ao lado da Batgirl e do chato do Bat Mirim.
Com o sucesso dos filmes “Batman” (1989) e “Batman – O Retorno” (1992) no cinema, a Warner Bros decidiu criar uma nova série de desenhos animados que aproveitava alguns elementos dos dois filmes dirgidos por Tim Burton. Com “Batman – The Animated Series“, o Homem-Morcego tinha finalmente uma boa adaptação para a TV de suas histórias em quadrinhos, com mais seriedade e uma animação baseada nos desenhos do Superman, feitos na década de 40.
Todos os principais personagens, sejam heróis ou vilões, participaram desta série bem sucedida, que ainda teve o seu nome trocado mais tarde para “As Aventuras de Batman & Robin“.
Com “The New Batman Adventures” (1997), o seriado fez algumas modificações. Como nos quadrinhos, Robin agora era o adolescente Tim Drake e Dick Grayson estava mais velho e agia sozinho como Nightwing (Asa Noturna). Batgirl também fazia parte do grupo e o uniforme do Batman ficou um pouco mais escuro e a elipse amarela do símbolo foi retirada.
Embora tão arrebatadora visualmente quanto às séries anteriores, “The New Batman Adventures” é menos empolgante por causa de suas histórias não tão bem elaboradas e porque Batman é um mero coadjuvante em alguns episódios.
Em 1998, a Warner lançou “Batman do Futuro” (Batman Beyond ou Batman of the Future), que como o próprio título diz, mostra as aventuras de Batman num futuro não muito distante, encarando novos vilões e alguns antigos também. O Cavaleiro das Trevas, porém, não é mais Bruce Wayne, que está muito velho, e preferiu se aposentar. O manto do morcego (com uma roupa bem diferente) foi passado para o jovem Terry Mcginings, que assim como Bruce teve o pai assassinado e busca justiça.
O seriado durou 52 episódios e também teve uma aventura em longa-metragem: “Batman do Futuro: O retorno do Coringa“, de 2000. Na trama, o novo homem-morcego tem que enfrentar o velho arqui-inimigo de seu mentor, que pode (ou não) ser um impostor.
De 2004 a 2008, a Warner produziu a série “O Batman“, produzido por Duane Capizzi, Alan Burnett, Andrea Romano, Glen Murakami e Jeff Matsuda, mesmo criador de “As Aventuras de Jackie Chan”. Devido a isto, o visual dos desenhos tinha vários elementos orientais e causaram polêmica entre os fãs, como por exemplo a caracterização do Coringa, que tinha os cabelos desalinhados e às vezes agia como um acrobata.
Além disso, alteraram a identidade de vilões como Cara-de-Barro e deixaram outros muito jovens, como a Hera Venenosa. Mesmo assim, “The Batman” foi um sucesso de público. Uma curiosidade: a primeira música-tema do desenho foi feita por The Edge, guitarrista. letrista e parceiro de Bono Vox no U2.
No mesmo ano que “O Batman” foi cancelada, a Warner lançou uma nova série para o Homem-Morcego. Em “Batman: Os Bravos e Destemidos“, os produtores (liderados por James Tucker) decidiram se inspirar nas histórias mais leves e bem-humoradas dos quadrinhos publicados na década de 1950.
O visual dos personagens era inspirado nos desenhos de Dick Sprang, que trabalhou com Batman entre os anos 1940 e 1960. Com isso, as tramas eram mais engraçadinhas e menos dramáticas, onde Batman sempre aparecia ao lado de outro herói para combater algum criminoso. Assim, super-seres pouco conhecidos do grande público davam as caras, como Aquaman, Tornado Vermelho, Besouro Azul, Homem-Borracha, entre outros.
Alguns episódios davam a sensação de que o público voltava a ver o estilo que consagrou a série com Adam West. Mas outros tinham histórias realmente bem-elaboradas e faziam homenagens a clássicos momentos de Batman, incluindo “O Cavaleiro das Trevas“, de Frank Miller. Depois de três temporadas e 65 episódios, “Batman: Os Bravos e Destemidos” se despediu de seu público.
Para 2013, o Cartoon Network promete exibir “Beware The Batman“, que seria a sua primeira série feita em computação gráfica. Ainda há poucas informações sobre os episódios. Apenas foi divulgado um teaser de 20 segundos e algumas imagens.
Numa delas, Batman aparece ao lado de seu mordomo Alfred (que pode ter uma atuação mais ativa na ação, já que aparece segurando armas!) e também de Katana, integrante dos Renegados, grupo do qual Batman já fez parte nos quadrinhos.
Vilões que tiveram destaque nas histórias escritas por Grant Morrison nas revistas, como o Professor Porko, devem ter mais destaque. O jeito é aguardar.
Enfim, Batman ainda é muito querido pelos telespectadores, que sempre aguardam com ansiedade o lançamento de novos seriados mostrando suas aventuras para livrar Gotham City do mal. Seja de forma mais realista ou totalmente irreverente, o personagem é receita certa de sucesso e deve, com certeza, surgir na telinha nos próximos anos, para a alegria de novos e velhos fãs.
Show de bola, Célio!
na boua no ultimo desenho do batman que sai esse ano pela cartoon os caras conseguiram cagar no desenho, nada melhor que animated series, the new adventures e batman beyond