O Brasil perdeu na madrugada da última quarta-feira (21) um de seus atores mais talentosos, Pedro Paulo Rangel. Ele se destacou em papéis no teatro, no cinema e sobretudo na TV. Vamos relembrar abaixo seus momentos mais icônicos.
Gabriela
O ator estreou na Globo em 1975 na novela “Gabriela”, adaptação do romance “Gabriela Cravo e Canela”, de Jorge Amado. Rangel vivia Juca Viana, que ficou marcado pelo primeiro nu masculino da televisão brasileira. Na verdade, a câmera focalizava o ator e a atriz Cidinha Milan de longe, em meio à chuva, mas ainda assim o diretor Walter Avancini ordenou que estivessem nus.
Saramandaia
Em “Saramandaia”, de 1976, Rangel interpretou Dirceu, que vivia um romance à la Romeu e Julieta com Dulce (Teresa Cristina Arnaud) por serem de famílias inimigas. Ele é filho do coronel Tenório Tavares (Sebastião Vasconcelos), ela é neta do coronel Zico Rosado (Castro Gonzaga), dois inimigos mortais. Um acusa o outro de ter matado membros de suas famílias.
TV Pirata
Pedro Paulo Rangel começou a se destacar no humor no início da década de 1980, em algumas esquetes do programa “Viva o Gordo”, de Jô Soares. No final da década integrou a “TV Pirata”, programa que foi um marco por apresentar um humor dinâmico satirizando a própria TV, sendo considerado bastante moderno para a época.
Vale Tudo
Em “Vale Tudo”, de 1988, Rangel era Poliana, o melhor amigo da heroína Raquel, interpretada por Regina Duarte. Ele era o conselheiro e amparo da protagonista.
Pedra Sobre Pedra
Em 1992, na novela “Pedra Sobre Pedra”, Pedro Paulo viveu Adamastor, um personagem homossexual com relevância na trama, algo não muito comum na época na dramaturgia. Apesar de apresentar momentos cômicos, o personagem, gerente do cassino/bordel da pequena Resplendor, na maior parte do tempo, era desenhado com uma certa dignidade dentro da trama.
O Cravo e a Rosa
Em 2000, o ator interpretou o personagem que certamente é o mais conhecido pelas novas gerações, o caipira Calixto, de “O Cravo e a Rosa”. Tanto pelo sucesso que a novela teve na época quanto pelo número de reprises que ganhou (a mais recente em 2022). Na trama, ele atuou junto com Du Moscovis (o Petrúchio) e Suely Franco (a Dona Mimosa). O romance entre Calixto e Mimosa fazia parte do núcleo cômico.
Belíssima
Em “Belíssima”, de Silvio de Abreu, Pedro Paulo deu vida a Argemiro Falcão, o Gigi, irmão da vilã Bia Falcão (Fernanda Montenegro). Ali ele pôde mostrar sua versatilidade, já que estava marcado por personagens leves e humorísticos.
Outras participações
O ator também fez participações especiais em séries humorísticas como “A Grande Família”, “A Diarista”, “Sob Nova Direção”, “Minha Nada Mole Vida”, “Os Aspones”, “O Dentista Mascarado” e outros.
No cinema, os filmes de maior destaque em que atuou foram “Menino do Rio” (1982), “Caramuru, a Invenção do Brasil” (2001), “O Coronel e o Lobisomem” (2005) e “Chico Xavier” (2010).
O último trabalho do ator em novela aconteceu em 2012, em “Amor Eterno Amor”, da Globo. Na trama ele interpretou o personagem Zé da Carmem, pai de Valéria (Andréia Horta), protagonista e a moça mais desejada da Ilha.
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