Enquanto a maioria dos estúdios de hollywood se debate pensando em meios de usar a internet a seu favor, é de iniciativas independentes que parecem surgir as melhores idéias. The Outbreak é um curta-metragem de horror interativo: a cada cena, uma decisão é tomada pelo expectador de forma a definir os rumos da história. Caso você faça uma ou várias escolhas erradas, uma cena final aparece antes da mensagem You Die.
Para quem é fã de RPG, com certeza vai lembrar da antiga série Aventuras Fantásticas, livros-jogos que utilizavam a mesma idéia, lançada na década de 90 no país (e recentemente trazidas em formato de jogo de RPG pela Caladwin Editora).
Apesar dos clichês do roteiro (grupo de sobreviventes presos em uma casa esperando por socorro? Onde foi que eu já vi isso mesmo?) e dos videos com freqüência apresentarem problemas, eu achei a idéia genial e espero ver mais filmes assim. Não só na web, mas em DVDs e outras mídias. A maior sacada da internet sempre foi a interatividade, e já está mais do que na hora das empresas sacarem isso e começarem a oferecerem produtos com aquilo que seus clientes desejam.
Isso não quer dizer acabar com os roteiros pré-definidos de atualmente, apenas abrir um novo filão de mercado para os filmes interativos. Ou não. Afinal, não abortaram o carro elétrico quando sacaram que ele podia dar um baque na industria do petroléo nos anos 90? Quem sabe como a industria do cinema pode reagir a isso.
Não sei se vc já sabe, mas a idéia não é assim tão nova e fantástica. nos primeiros dias do Drive de CD no Brasil, muitas revistas traziam contrapartes em CD para serem lidas na tela. Numa delas – maldita memória – trazia uma série de curtas=metragens com vários finais. Isso chegou a ser hype em alguns cinemas interativos na Itália, se não me engano, por volta de 1994. A própria Drahon Magazine tinha um projeto assim com um filme-jogo em full cinematica chamado scouge of words… pena que só vi o demo.
http://valberto.wordpress.com/2008/09/27/the-outbreak-filme-interativo-de-zumbis/
Isso não é cinema, é video game e também a falência do filme.
Para constar, filme interativo já foi experimentado no cinema no ano 67. Um filme Tcheco chamado Kinoautomat.
O novo filme Brasileiro “Escolha Única” é outro exemplo desse tipo de cinema. Ele promove, além de tudo, uma declaração de falência do que chamamos de cinema. Dá a confortável posição de escolha ao espectador, eximindo-o de refletir sobre a decisão criativa e artística do autor e coloca quem assiste em seu lugar confortável sempre. Sem deslocá-lo para possibilidades para maiores reflexões.
Um filme aparentemente feito com o objetivo maior de vender-se.