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FESTIVAL DO RIO: “Elis” encanta, mas filme se perde nos clichês

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Prestigiado com tapete vermelho e lançamento no Cine Odeon, a aguardada cinebiografia de Elis Regina foi exibida após breve apresentação do diretor Hugo Prata e sua equipe neste início de Festival do Rio.

Elis Regina é uma artista inquestionável, daquelas raras combinações que se sagram em combustão espontânea e mais do que encantar, são capazes de arrebatar seu coração para sempre. Já o filme “Elis” carece dessa força que a cantora esbanjava, ainda que a produção se esmere em agradar e tenha um excelente elenco.

Andréia Horta está fantástica como Elis, com excelente preparação musical e interpretação de palco. Assim como Júlio Andrade brilha como Lennie Dale, Gustavo Machado como Ronaldo Bôscoli, Caco Ciocler como César Camargo Mariano e por aí vai. Se por vezes o filme perdia a atmosfera de época, tão importante ao contar biografias, noutras a performance dos atores nos remete ao magnetismo do teatro.

O filme começa com Elis chegando ao Rio de Janeiro e se desenrola rapidamente para estabelecer a Elis que o Brasil vai conhecer, porém desde o início o diretor Hugo Prata conduz o filme com estilo que mais remete à televisão que ao cinema. Com duas horas de duração, “Elis” por diversos momentos se perde em retalhos que parecem saídos diretamente da indústria publicitária, de videoclipes ou da novela das oito. O que por um lado é bom, já que deverá agradar o grande público e seguindo mesmo caminho de outras produções, acabar efetivamente recortado na televisão. Elis pedia mais.

Ainda assim um filme imperdível para todos os fãs da cantora e uma boa pedida para ir ao cinemas, principalmente pela imersão de sons, música e da incrível história desta estrela única da nossa cultura.

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Sal -

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