Com competência e carisma, Fábio Porchat leva público às gargalhadas com histórias de suas viagens

Em cartaz no Teatro Casa Grande, no Leblon, o espetáculo “Histórias do Porchat”, estrelado pelo ator, diretor, produtor, roteirista, humorista, apresentador e, ufa, dublador, é um bálsamo para a alma nos dias de hoje, tão polarizados por questões políticas. Talentoso, carismático e competente, Fábio Porchat consegue arrancar gargalhadas da plateia do início ao final do…


Em cartaz no Teatro Casa Grande, no Leblon, o espetáculo “Histórias do Porchat”, estrelado pelo ator, diretor, produtor, roteirista, humorista, apresentador e, ufa, dublador, é um bálsamo para a alma nos dias de hoje, tão polarizados por questões políticas. Talentoso, carismático e competente, Fábio Porchat consegue arrancar gargalhadas da plateia do início ao final do espetáculo, apenas contando histórias de suas viagens.

One man show descoberto pelo Brasil na plateia do Programa do Jô, em 2002, na TV Globo, quando era estudante universitário e mandou um bilhete ao humorista pedindo para apresentar ali mesmo uma esquete, Porchat faz parte de uma geração de humoristas forjada nas redes sociais mas que tem também relevante presença na tv aberta e na tv por assinatura. Vide seus programas de sucesso na TV Globo e no GNT.

Viajante contumaz, em seu espetáculo Porchat enfileira suas andanças pelo país e pelo mundo, extraindo sempre humor e graça até de situações corriqueiras. Entre elas, a ocasião em que seu sobrinho e afilhado João Francisco cai na piscina da casa do avô, em São Paulo, e Fábio pula para tirar a criança, mas precisa alternar entre afogar-se a si e ao sobrinho, tirando a cabeça da água e submergindo até que alguém visse que ambos estavam se afogando.

Em outro episódio, no Nepal, o artista conta sobre o dia que fez um passeio num avião de pequeno porte com objetivo de sobrevoar o Himalaia. Só que véspera ele havia estado num restaurante para um menu degustação de comidas locais. O avião não tinha banheiro e ele, já dentro da aeronave, derrama-se em cólicas com vontade de fazer o número dois. Resultado: não viu o Himalaia e quase derrubou o avião.

Mas Porchat conta seus milagres e dá nome aos santos. Na parte final do espetáculo, ele exibe as fotos das viagens e das situações narradas, comprovando para o público a veracidade de suas histórias. Até seu amigo Rique, que aparece nas fotos, já foi reconhecido em aeroportos. Junto com Porchat, fã de todos os tipos de massagens, ele protagonizou um episódio na Índia, no qual os dois foram brindados por dois massagistas do sexo masculino com dedos e mãos mágicas. “A vida é hoje”, dizia ele em vários momentos do espetáculo para a graça geral.

Porchat, como já dito, é um one man show, que joga bem em várias posições, mas não se esquece de reconhecer a importância de todos os profissionais da cadeia teatral. Ele faz questão de agradecer a todos que, anonimamente, trabalham atrás do pano, pois teatro não se faz sozinho e ele sabe disso. Ainda jovem – o artista fará 40 anos ano que vem – Porchat certamente seguirá sua trilha dando muitas alegrias ao público. No Rio, até o dia 20 de novembro, no Casa Grande, e depois em São Paulo, em 2023, para onde seguirá o espetáculo. Corra para assistir.