Espetáculo “Menina Mojubá” em cartaz no Glauce Rocha

Sucesso de público, espetáculo “Menina Mojubá” estáaem cartaz no Glauce Rocha

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Partindo do princípio de que a falta de conhecimento é o que sustenta a intolerância religiosa, “Menina Mojubá” coloca a existência de uma entidade de origem afro-brasileira no coração do debate, com o objetivo de questionar e desconstruir preconceitos. Após o sucesso de público na última temporada, que resultou em todos ingressos esgotados, o espetáculo abriu novas datas, retornando do Teatro Glauce Rocha, com apresentações aos sábados, às 19h, e domingos, às 18h, até o dia 28.

Os ingressos estão à venda, custando R$15 meia-entrada e R$30 inteira.

“Menina Mojubá” já recebeu 17 Prêmios e 24 indicações e já circulou por diversos lugares, ressaltando não apenas a excelência artística do espetáculo, mas também sua capacidade de tocar em questões culturais profundas e urgentes. Com dramaturgia e atuação de Marcela Treze e direção de Gabriel Gama, a nova temporada de ‘Menina Mojubá’ apresenta mais uma adição de peso: o renomado figurinista Wanderley Gomes, premiado duas vezes no Prêmio Shell e ganhador do Prêmio APTR na categoria ‘Figurino’. Sendo assim, Gomes traz sua expertise para enriquecer ainda mais a experiência visual deste aclamado espetáculo.

Marcela compartilha seu entusiasmo diante do sucesso da última temporada, especialmente por ser o primeiro espetáculo do Grupo Mojubá. “Pra nós o mais incrível é ver pessoas que nunca se identificaram com o ambiente teatral, nunca se viram nos palcos ou se interessaram por essa linguagem estarem se reconhecendo ali, se interessando e tendo uma nova perspectiva sobre o fazer artístico. Povos de terreiros que carregam tanta habilidade artística ancestral, conseguem se reconhecer como tal e isso é inspirador! Poder levar a beleza das pombagiras para tanta gente, é definitivamente um presente ancestral!”, destaca. “Menina Mojubá” revela a história de Menina, uma criança que cresceu na rua, conheceu as durezas da miséria, foi exposta a caminhos ilegais e esbarrou em um cortiço onde conheceu a maldade humana, mas Menina carregava em si uma força ancestral que a fez rainha no mundo espiritual. Sendo assim, ela busca garantir não só a própria sobrevivência, mas a de todos que são merecedores do seu amor.

Este espetáculo tem o potencial de contribuir para o processo de desconstrução de preconceitos enraizados em relação às religiões de matriz africana, humanizando as entidades, como explica Marcela. “O espetáculo conta a história da pombagira de maneira empática, fazendo com que o pensamento imposto pela sociedade, muitas vezes demonizando este ser, se transforme em um novo olhar sobre essas entidades, criando uma relação mais humana e menos mistificada.”

A peça se destaca por incorporar elementos autênticos da ritualística de terreiro, como os sons vibrantes do tambor, o aroma envolvente das ervas, e os pontos cantados, proporcionando uma imersão completa aos espectadores. “O público é surpreendido ao entrar no espetáculo com o aroma das ervas e incensos depois de tomar uma cachaça branca para aguçar os sentidos, enquanto os músicos tocam para exu nos atabaques. Durante o espetáculo, são sete trocas de figurinos, dando vida e identidade aos personagens apresentados”, detalha a atriz.

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