Chega ao Rio a exposição sobre um dos maiores cientistas da era moderna, Louis Pasteur (1822-1895). “Pasteur, O Cientista”, teve três temporadas no estado de São Paulo, a partir de 2020, levando dezenas de milhares de visitantes a espaços de informação, experiências, interação lúdica, projeções, videomapping e, principalmente, valorização da ciência e dos cientistas.
Concebida e realizada originalmente pela Universcience (órgão ligado ao Ministério da Cultura da França), a mostra é uma celebração à vida e à obra do francês Louis Pasteur, cientista revolucionário em muitos campos e símbolo da vacinação, por ter descoberto a vacina antirrábica. E, principalmente, um defensor da ciência.
A exposição estará no Rio de Janeiro de 30 de setembro a 3 de dezembro, de terça a sexta-feira das 9h às 17h, e aos sábados e domingos das 10h às 18h, na Fábrica de Espetáculos (galpão do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no bairro do Santo Cristo, na Gamboa).
Com parceria da Secretaria Municipal de Saúde, será montado um posto de vacinação na mostra, atendendo à população adulta e infantil com todas as vacinas necessárias. As crianças precisam apresentar carteira de vacinação para controle. O posto vai funcionar nos dias e horários da exposição, a partir da abertura.
Indiscutível gênio da ciência, pesquisador obstinado e mestre na difusão de informações: Louis Pasteur, nascido no interior da França em 1822, de uma família de curtidores de couro, fez avançar a química e a medicina no século XIX. É um dos criadores da microbiologia e redefiniu horizontes ao provar que existem micro-organismos e ao definir como se reproduzem, proliferam e colonizam outros organismos, sendo em muitos casos responsáveis pelas doenças infecciosas.
Estudou germes, vírus, fungos e demais “seres infinitamente pequenos”. Lidou com vinho, leite, animais de pasto e seda. Estabeleceu novos paradigmas para as ciências e novos procedimentos, inclusive para a Medicina – foi a partir dessas descobertas, por exemplo, que médicos passaram a valorizar a assepsia nos cuidados com doentes. Antes disso, era comum que os profissionais de saúde sequer lavassem as mãos nos atendimentos.
Pesquisador tremendamente respeitado entre seus pares – era de um extremo rigor nos métodos – ganhou fama mundial também junto ao grande público na difusão dos resultados da antirrábica, em 1885. No Brasil, tinha muitos seguidores e admiradores, entre os quais o imperador Pedro II. Oswaldo Cruz foi um dos cientistas que trabalharam na esteira de suas realizações.
Na exposição, vídeos, grafismos, animações, projeções, textos e desenhos apresentam toda a sua trajetória – e não apenas a dele. Pasteur, o Cientista faz uma permanente contextualização do tempo de Louis Pasteur, principalmente em relação aos acontecimentos da Europa e às descobertas do chamado século das invenções – em que surgiram o trem, a fotografia e o cinema, os motores a explosão, dirigíveis, telégrafo, telefone, iluminação pública e tantos outros símbolos da modernidade.
Mais que tudo, Pasteur, o Cientista traz à discussão a valorização da ciência e do ato histórico como elemento constituinte não somente da memória e da identidade, mas como a mais sólida base para o crescimento e o desenvolvimento da humanidade.
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