Fechando o ciclo de performances na exposição “Ideias radicais sobre o amor”, a artista Panmela Castro realiza, neste sábado, dia 12 de outubro, às 16h, a performance “Ruptura”, no Museu de Arte do Rio. Através do exagero e da representação de uma espécie de “caricatura da feminilidade”, a artista propõe um ponto de virada para se libertar dessa personagem, chegando a cortar o próprio cabelo e, desta forma, abrindo espaço para discussões mais amplas sobre gênero e alteridade.
Apresentada pela primeira vez em 2015, na exposição “Eva”, na Galeria Scenarium, a artista realizará mais uma vez a performance, quase dez anos depois, representando o fechamento de um ciclo significativo para a artista.
Após a realização da performance ao vivo, o registro em vídeo será exibido como parte da exposição.
Além de “Ruptura”, já foram realizadas outras três performances na exposição: “Revanche”, “Honra ao Mérito” e “Culto contra os embustes”.
SOBRE A EXPOSIÇÃO
Com mais de 20 anos de trajetória, Panmela Castro apresenta no Museu de Arte do Rio a exposição individual “Ideias radicais sobre o amor”, com obras participativas, tendo como fio condutor a ideia da psicologia que fala sobre a necessidade de pertencimento como impulso vital dos seres humanos. Com curadoria de Daniela Labra e assistência curatorial de Maybel Sulamita, são apresentadas 17 obras, sendo 10 inéditas, entre performances, fotografias, pinturas, esculturas e vídeos, que exploram questões como afetividade, solidão, visibilidade, empoderamento, autocuidado e memórias.
A exposição irá se construir através de performances, ações e participações do público, que acontecerão ao longo do período da mostra. “Todas as obras de alguma forma precisam do outro para existir ou se completar, é uma exposição que começa em construção”, ressalta Panmela Castro. A exposição foi inaugurada com três telas em branco da série “Vigília no Museu”, que serão pintadas quando o museu estiver fechado ao público. Um conjunto com 50 fotografias com registros desta série também faz parte da mostra.
A exposição conta, ainda, com obras inéditas nas quais o público é convidado a participar, como a obra “Chá das Cinco”, em que o público pode tomar um chá e compartilhar conselhos com outros visitantes da exposição através de bilhetes deixados debaixo do pires. Já em “Vestido Siamês”, duas pessoas poderão vestir, ao mesmo tempo, um grande vestido rosa feito em filó. Além disso, o público é convidado a trazer batons para a obra “Coleção de Batons” e objetos para deixar em um casulo, que serão transformados em esculturas pela artista. Inspirada nos tradicionais jogos arcade (fliperama), a obra “Luta no Museu” é um jogo no qual os lutadores são os artistas Allan Weber, Anarkia Boladona, Elian Almeida, Priscila Rooxo, Vivian Caccuri e Rafa Bqueer. Completando as obras inéditas, está o vídeo “Stories”, uma coleção de pequenos vídeos publicados no Instagram da artista (@panmelacastro).
Além dos trabalhos inéditos, obras icônicas da artista também fazem parte da exposição, como “Biscoito da sorte” (2021), que traz os tradicionais biscoitos japoneses com mensagens feministas criadas pela artista; “Bíblia feminista” (2021), na qual o público pode escrever ideias que guiem a emancipação e a luta por direitos das mulheres cis e trans, e “Consagrada” (2021), fotoperformance na qual a artista aparece com o peito rasgado com esta escarificação, fazendo uma crítica à forma como o mercado de arte elege seus personagens.
Performance “Ruptura”, de Panmela Castro
Dia 12 de outubro de 2024, sábado, às 16h
Museu de Arte do Rio / MAR
Praça Mauá, 5 – Rio de Janeiro – RJ
Exposição “Ideias radicais sobre o amor”, de Panmela Castro
Até 24 de novembro de 2024
De terça a domingo, das 11h às 18h (última entrada às 17h)
R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia) – às terças-feiras com entrada gratuita
Ativações das obras:
– Chá das Cinco – quartas, sextas e domingos, às 17h
– Biscoito da sorte – terças, quintas e sábados, às 17h
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