A partir do dia 18 de maio, a Arte132 Galeria inaugura a exposição “Telmo Porto, colecionador e filantropo”. Sob a curadoria de Ivo Mesquita e texto de apresentação de Marcelo Mattos Araújo, a mostra, fiel à essência de Telmo Porto, apresenta uma narrativa alternativa com obras produzidas entre 1940 e 2020, destacando tanto os trabalhos menos conhecidos de artistas já consagrados quanto o daqueles que não receberam reconhecimento no mercado da arte, mas cuja obra merece uma revisão.
Com uma seleção cuidadosa, a exposição apresentará cerca de 60 obras, abrangendo pinturas, gravuras e esculturas de mais de 40 artistas, tanto nacionais quanto internacionais, provenientes do acervo da galeria e da família.
“A presente exposição, conta um pouco da história de Telmo Porto (1955-2023), engenheiro, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, mais conhecido como colecionador de arte e amigo dos artistas, diretor e conselheiro em diferentes instituições museais na cidade de São Paulo, às quais fez generosas doações perfazendo um total de mais de 150 trabalhos. Não segue nenhuma ordem cronológica, mas aproxima as gerações de artistas presentes” explica Ivo Mesquita, curador da mostra.
No primeiro núcleo está uma série de pinturas geométricas e informais abstratas, movimento bem representado na coleção de Telmo Porto, com destaque para Samson Flexor (1907-1971), um de seus favoritos e com sua produção presente em todos os núcleos da mostra.
Entre as principais apostas, está o grande mestre da espacialidade das cores, Eduardo Sued (1925, Rio de Janeiro). Com um conjunto de 14 gravuras figurativas em metal da série Personagens, 1964-1965, ele é um dos oito cariocas integrantes da exposição, que passa pela geometria de Osmar Dilon, as figuras antropomórficas de Maria Martins e a herança surrealista nos trabalhos de Franklin Cassario.
O paulistano multifacetado Aldo Bonadei, artista com diversas obras na coleção Laís e Telmo Porto, aparece com cena de interior doméstico com estética que marcou o modernismo, ao lado de Di Cavalcanti, um dos grandes expoentes do movimento no país.
Rompendo com o tradicional eixo Rio-São Paulo, o artista paraibano Antonio Dias emerge como uma voz singular no panorama artístico nacional. Em sua xilogravura icônica da década de 1960, intitulada “A Madona do Lago”, Dias infunde vigorosamente uma narrativa política, formalizando uma resistência por meio da figuração.
A curadoria também apresenta nomes internacionais como Antonio Lizárraga, Sepp Baendereck, Pol Bury, Gerhard Richter, Jannis Kounellis, Jean Arp, Joseph Beuys, Marcel Broodthaers, Markus Lüpertz e Yolanda Lederer Mohalyi.
Artistas participantes
Abelardo Zaluar; Aldo Bonadei; Amelia Toledo; Anna Maria Maiolino; Antonio Dias; Antonio Henrique Amaral; Antonio Lizárraga; Caíto; Carmélio Cruz; Di Cavalcanti; Dorothy Bastos; Edival Ramosa; Eduardo Sued; Ester Grinspum; Felipe Cohen; Franklin Cassaro; Gerhard Richter; Ismenia Coaracy; Ivan Serpa; Jannis Kounellis; Jean Arp; José Resende; Joseph Beuys; Judith Lauand; Luiz Paulo Baravelli; Luiz Sacilotto; Marcel Broodthaers; Marcia Xavier; Marcos Chaves; Marcos Concílio; Maria Martins; Markus Lüpertz; Mônica Nador e Renato Imbroisi; Osmar Dillon; Paulo Monteiro; Pol Bury; Roberto Burle Marx; Roberto Magalhães; Samson Flexor; Sepp Baendereck; Yolanda Lederer Mohalyi.
Serviço
“Telmo Porto, colecionador e filantropo”
Local: Arte132 Galeria
Endereço: Avenida Juriti, 132, Moema, São Paulo – SP
Abertura: 18/05/2024
Período expositivo: 18/05/2024 à 27/07/2024
Visitação: segunda a sexta, das 14h às 19h. Sábados, das 11h às 17h
Entrada gratuita
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