Depois de 12 anos sem qualquer série feita pra televisão, a CBS retoma o universo de Star Trek com seu novo produto, Star Trek: Discovery, usando de muita criatividade e ousadia, colocando uma nova nave e tripulação em uma história ocorrida 10 anos antes da série original.
Numa trama cheia de reviravoltas, estamos em um momento em que a Federação dos Planetas Unidos está em guerra com um Império Klingon desunido, no qual suas facções estão se digladiando sobre qual clã deve comandar o povo.
Vemos a trajetória de Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), uma especialista em ciência a bordo da USS Shenzhou, que durante um conflito com os Klingons, desobedece sua capitã, Philippa Georgiou (Michelle Yeoh), resultando em uma tragédia. Ela é julgada condenada, mas durante seu transporte para a prisão, acaba indo parar na USS Discovery e devido a seus conhecimentos, se junta à tripulação por desejo de seu capitão, Gabriel Lorca (Jason Isaacs).
A tripulação então passa a ter sentimentos ambíguos em relação a sua presença, da desconfiança do Primeiro-Oficial Saru (Doug Jones), o primeiro Kelpian a entrar um Frota Estelar, à admiração, por parte da cadete Sylvia Tilly (Mary Wiseman), sua companheira de quarto.
A Discovery acaba se tornando a principal nave da Frota no momento que o Engenheiro-Chefe Paul Stamets (Anthony Rapp) se utiliza de uma simbiose com um ser vivo, a teletransportar a Discovery em qualquer canto da Galáxia de maneira extremamente rápida e eficiente.
Durante a primeira parte da série, estamos sendo apresentados aos personagens e sendo posicionados nesse universo. Os episódios muito bem produzidos, com ação, bons diálogos e ótimas referências trekkers. Alguns parecem um pouco mais arrastados, parecendo dar tempo para a fase seguinte, na qual somos surpreendidos.
A PARTIR DE AGORA ESSE TEXTO POSSUI SPOILERS, PRINCIPALMENTE DA SEGUNDA PARTE. LEIA POR SUA CONTA E RISCO!!!
Com a utilização desse novo sistema de teletransporte da nave, ela sofre uma sobrecarga, no qual leva a Discovery a um universo paralelo, onde não existe a Federação. Mas os Terráqueos se tornam um Império Galáctico com o objetivo de obliterar todas as raças alienígenas sem piedade. Eles descobrem que cada um deles tem uma cópia idêntica nesse universo (a outra Discovery foi parar em seu lugar no outro universo). Com isso, e sabendo como é cada um dos seus respectivos nesta realidade, Burnham e Lorca vão até a nave imperial tentar descobrir uma forma de retornar ao seu universo a partir das informações encontradas.
Nesse ponto da história a serie ganha em força e emoção, com um dinamismo muito interessante, principalmente devido às intrigas políticas e de como cada personagem tem suas reações e os conflitos dos seus ideais.
“Star Trek: Discovery” honra seus antecessores, traz um novo frescor à franquia, mostrando que o Universo Trekker ainda pode trazer coisas boas para a televisão. E sim, esperem muitas referências a esse universo.
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