Quando soube que Pocket Bravery era um jogo de luta brasileiro, confesso que fiquei empolgado. A gente tem uma cultura forte nesse gênero, com jogadores apaixonados e talentosos, então é natural esperar algo que dialogue com esse legado. Visualmente, o jogo impressiona: os personagens são marcantes, o pixel art é caprichado e há uma identidade clara que chama atenção logo de cara.
Mas, jogando, senti que faltou um pouco mais de fluidez na experiência. A jogabilidade me pareceu rígida, com mecânicas que exigem uma precisão difícil de alcançar, especialmente para quem está começando. Os combos, mesmo os mais simples, não fluem com naturalidade — e isso pode frustrar quem está acostumado com o “molejo” de títulos como KOF ou Fatal Fury. A sensação é de que, se você não acerta tudo na sequência exata, o jogo não perdoa.
Não joguei tanto quanto gostaria, justamente por não ter me conectado com o ritmo das lutas. Mas é importante reconhecer o esforço da Statera Studio em criar algo autoral e com personalidade. A comunidade que se formou em torno do jogo é ativa e engajada, o que mostra que ele encontrou seu público — e isso, por si só, já é um feito importante.
Torço para que o estúdio continue evoluindo e que futuras atualizações ou projetos tragam ainda mais refinamento à jogabilidade. Porque talento e paixão, isso o Brasil tem de sobra.









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