A Netflix fecha seu ciclo de apresentação dos heróis urbanos Marvel com Punho de Ferro, criado por Roy Thomas e Gil Kane em 1974. O personagem inspirado nos filmes de Kung Fu dos anos 70, é Danny Rand, filho de um grande empresário, que chega na cidade lendária de Kun Lun, depois de sofrer um acidente no avião, no qual morre seus pais. Ele é treinado para se tornar o guardião da cidade, após anos de treinamento, e recebe o poder do Punho de Ferro, uma arma viva.
“Punho de Ferro” tem os defeitos que parecem dominar as séries da Netflix. Possui 13 episódios, o que faz que a história fique arrastada de início e cria barrigas. As lutas não são muito empolgantes (numa série sobre Kung Fu, isso pesa mais ainda).
Algumas outras características em comum das outras séries continuam, como o filtro de cor ligado às cores do uniforme do personagem (o tom amarelado predomina na fotografia), cenas de lutas em corredor (aqui temos duas), e principalmente, a Nick Fury das séries da Netflix, Claire Temple, que tem um bom tempo de tela e é bem aproveitada.
O tema da série é a aceitação do outsider, visto isso como o protagonista se vê um Kun Lun, como o único estrangeiro do local; quando retorna a Nova York tenta restabelecer contato com os antigos amigos de infância, e e sua aceitação como a dualidade Danny Rand/Punho de Ferro
O elenco é bom, Finn Jones convence como Danny Rand, um jovem equilibrado e inocente no trato com outras pessoas, além de passar bem seu drama pessoal. David Wenham traz sua voz marcante (ele é Dilios, o narrador do filme “300”) e fortalece seu personagem. Jessica Stroup também funciona de forma satisfatória como Collen Wing. Os atores convencem como lutadores marciais, pena que a coreografia das lutas fique aquém das expectativas.
Ao fim deste primeiro ciclo dos heróis urbanos, podemos afirmar que o Demolidor foi melhor de todos, e todos os outros tiveram seus problemas, e Luke Cage, o seu pior. Punho de Ferro está no meio do caminho, junto do Jessica Jones.
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