Metal Allegiance, Black Pantera + Devotos, e Bullet For My Valentine não fizeram shows ruins, mas pareceram times da segunda divisão brasileira jogando na Premier League
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O Palco Sunset já se consolidou como local de shows de primeira linha que muitas vezes são melhores do que os apresentados no Palco Mundo.
A edição de 2022 não foi diferente.
Black Pantera “Taca o foda-se”
O grupo mineiro Black Pantera e seus convidados – a banda Devotos, de Pernambuco – fizeram uma apresentação calcada no heavy/punk como era de se esperar.
Eles subiram ao palco ainda com o sol brilhando forte (por volta das 15h) e mandaram ver em canções como “Padrão é o caralho”, “Taca o foda-se” e “Fogo nos racistas”.
Com essas canções de teor antiracista o público já estava ganho bem antes da banda disparar uma versão bem pesada de Quase ao fim, os dois grupos fizeram uma homenagem a Elza Soares tocando uma versão pesada de “A carne”.”A Carne”, da eterna Elza Soares.
Foram pouco mais de 50 minutos muito bem aproveitados.
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Metal Allegiance injeta trash metal na veia da plateia
O Metal Allegiance, que desembarcou no Rock in Rio com uma formação que contava com o baterista Mike Portnoy (ex-Dream Theater), Alex Skolnick (ex-Testament), Mark Menghi e Phil Demmel (Machine Head) e John Bush (Armored Saint), mostrou que não veio para brincadeiras.
Com um setlist baseado no seu segundo álbum – “Volume II: power drunk majesty” – a banda não teve pudores em vacinar o público com altas doses de trash metal.
Foi o suficiente para manter a galera bem aquecida.
Living Colour e Steve Vai em apresentação digna do Palco Mundo
E aí a coisa ficou séria.
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Quando o rock é rock mesmo
Os veteranos do Living Colour já conheciam a sua torcida e a torcida já sabia o que esperar da banda. Só que eles entregaram mais. Muito mais!
Ao contrário das últimas apresentações no Brasil, o Living Colour pareceu estar com fôlego novo e fazia uma apresentação de altíssimo nível com versões de sucessos dos seus primeiros álbuns como “Type”, “Ignorance is Blind” e “Time’s Up”.
Mas é quando entra o guitarrista Steve Vai que a coisa realmente pega fogo.
Logo de início vem uma ótima versão de “Rock and Roll” (do Led Zeppelin) e uma sequencia de rocks de primeira até que chegam a uma “Crosstown Traffic” que deixaria Jimi Hendrix orgulhoso.
A qualidade da apresentação, que ainda contou com pedidos para que a plateia vote nas próximas eleições, uma homenagem a vereadora Mariele Franco e protestos do público contra o presidente da repúbllica, deixa em aberto a pergunta: “Por que eles não estiveram no Palco Mundo?”.
Vá saber…
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Bullet for my Valentine: headliners ofuscados com louvor
O hard rock do Bullet for my Valentine não fez feio (pelo contrário), mas era mesmo muito difícil seguir uma apresentação como a do Living Colour.
E olha que a plateia – a esta altura bastante grande – estava animada com cada canção da banda que, literalmente, botou fogo no palco.
Matthew Tuck (vocais e guitarra) Michael Paget (guitarra solo e backing vocals), Jason Bowld (bateria) e Jamie Mathias (baixo e backing vocals) desfilaram competência e entusiamo.
O público vibrou e cantou bastante canções como “Waking the Demon”, “Knives” e “Piece of Me” e se esgoelou na ótima “All These Things I Hate (Revolve Around Me)”, que já pode ser considerado um dos melhores momentos de interação entre uma banda e o público do RIR 2022.
Outra apresentação que não faria feio no Palco Mundo.