Rodrigo Teaser realiza, há dez anos, o show “Tributo ao Rei do Pop”. No espetáculo, o performer encarna com impressionante fidelidade o astro Michael Jackson. Tudo começou com festas, depois eventos, até ganhar os palcos do Brasil. Hoje Rodrigo já pode se considerar internacional. Acaba de voltar dos Estados Unidos para onde levou seu show se apresentando em Miami, na Broadway em Nova York e em Los Angeles, tendo contato com pessoas que dividiram o palco com Michael.
É o sonho do fã realizado. O fã que não realizou seu sonho de conhecer o ídolo pessoalmente e ganhou a dádiva de encarnar o ídolo, tendo seu talento reconhecido por pessoas que o cercavam.
2022 também é o ano que a Dangerous Tour completa 30 anos. Por isso o show que Rodrigo apresentou no Qualistage, na Barra da Tijuca, no Rio de janeiro, no último sábado (16) tem como base aquela turnê do álbum homônimo de 1991. Aquela turnê que trouxe o Rei do Pop ao Brasil pela única vez para uma apresentação ao vivo, em 1993, estava o artista, então com 13 anos de idade, e foi ali que ele se convenceu do que faria no futuro.
Para quem conhece os shows de Michael Jackson é ainda mais fascinante notar como Rodrigo estudou milimetricamente os movimentos do seu ídolo no palco. Isso além de reproduzir as coreografias e os vocais. Se imitar Michael é impossível, Rodrigo chega próximo, bem próximo disso.
O show hoje conta com telão de LED, dançarinos, uma banda talentosíssima. O setlist segue quase o mesmo da Dangerous, iniciando com Jam, seguida de ‘Wanna Be Starting Something’ e ‘Human Nature’. Os figurinos também remetem àquela turnê. Em ‘Smooth Criminal’, até o truque que fazia os dançarinos inclinarem o corpo de forma retilínea até quase o chão foi reproduzido.
‘Rock With You’ foi o momento em que Rodrigo chamou a plateia para levantar dos lugares e transformar o Qualistage em pista de dança.
Na segunda metade o setlist da Dangerous já não foi obedecido à risca. ‘The Way You Make Me Feel’, que não estava no repertório foi adicionada, com direito a uma moça no palco repetindo a dinâmica do videoclipe da faixa do álbum Bad, em que Michael persegue uma paquera. Também entrou ‘You Are Not Alone’, que ainda nem tinha sido lançada em 1992, e que Rodrigo estreou no repertório nesse show, sob uma constelação de celulares acesos.
Heal The World, que era a penúltima música do show naquela turnê, aqui apareceu mais cedo na programação. Nesse momento Michael levava ao palco várias crianças de diferentes etnias, com roupas típicas de cada cultura. Aqui, subiram crianças da plateia no palco, muitas delas fazendo cosplay de Michael Jackson, mesmo as menores.
Os números mais esperados ficaram para o final: ‘Thriller’, com a clássica coreografia e os dançarinos fantasiados de monstros, ‘Billie Jean’ (e o moonwalking) e ‘Black Or White’. O bis foi, na verdade, Rodrigo descaracterizado, dizendo que era a hora de ele se colocar como o que ele realmente é: um fã, como todos ali. E apresentou duas músicas do seu repertório autoral. Para encerrar, o artista mais uma vez afirmou que Michael é o verdadeiro dono do show, e com a imagem do Rei do Pop no telão e a música ‘This Is It’ no sistema de som, as cortinas se cerraram.
O show de Rodrigo Teaser comprova como a força mítica de Michael Jackson não diminuiu, mesmo passados 13 anos de seu falecimento e até mesmo após o documentário que gerou bastante controvérsia em relação à sua imagem. Como fã, Rodrigo celebra a obra do ídolo, dando uma chance para os muitos que não tiveram a oportunidade de vê-lo ao vivo de terem uma ideia de como eram os shows. E assim se promove uma bela comunhão de fãs.
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