“Star Trek: Discovery” é uma série que cativou fãs de ficção científica logo no início das suas temporadas, trazendo vitalidade para a franquia sem perder o que Star Trek tem de melhor. Agora, com a quinta e última temporada em andamento, a série se perdeu completamente o que tinha de interessante nem mesmo a trama principal é o suficiente para manter o público entretido.
A temporada atual, composta por 10 episódios, promete uma aventura pelas origens da vida pela galáxia. A tripulação da U.S.S. Discovery, liderada pela capitã Burnham, precisa desvendar um mistério oculto por séculos enquanto novos inimigos também estão atrás dessa descoberta e farão de tudo para obtê-la. Uma premissa nada ruim, mas que não consegue superar as falhas no roteiro e desenvolvimento apático dos personagens — que parecem mais curtindo férias escolares do que salvando o universo.
Os novos vilões também são uma dupla caricata de fazer invéja à série clássica, que apesar da falta de recursos e ingenuidade de sua época, conseguia criar uma atmosfera de exploração espacial que fez as primeiras gerações de trekkers sonharem com a imensidão do espaço e os mistérios que podem ser revelados quando a humanidade puder viajar e dobrar o espaço-tempo.
No lugar de uma trama envolvendo a série se concentra em colocar os personagens à frente da aventura, resultando em uma novela sem graça que parece existir puramente para dar um desfecho para o elenco em sua última temporada — mesmo que isto resulte no extermínio do legado da série.
Até mesmo os efeitos especiais e ação que a série inovou estão funcionando, pelo contrário, só servem para exacerbar as péssimas escolhas do roteiro e soluções apresentadas — vale lembrar que a série se passa num futuro distante mas, que tirando os efeitos especiais, parece muito mais um passado distópico que um futuro para uma confederação galática.
É impressionante e lamentável como a série Star Trek: Discovery foi ladeira abaixo em suas últimas temporadas, um fenômeno atual que sem dúvidas irá gerar estudos futuros.
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