Com uma sonoridade versátil e um cuidado excepcional com a qualidade musical, o grupo liderado pelo compositor e vocalista Fábio Pelissioni carrega uma profundidade emocional em suas letras, fruto das experiências de vida do próprio Fábio, como o álbum de estreia que foi escrito em homenagem à sua ex-esposa.
Formada em 2019, a Gatos de Apartamento mistura influências de nomes do rock dos anos 90, como Foo Fighters e Pearl Jam, com dinâmica de Led Zeppelin e as harmonias vocais dos Beatles.
Com novos singles e um disco previsto para 2025, além de uma agenda de shows em preparação, falamos sobre o processo criativo da banda, suas influências e os planos futuros, além de descobrirmos de onde veio o nome inusitado que marca essa jornada.
De onde surgiu o nome “Gatos de Apartamento”?
Eu tenho essa mania de anotar potenciais nomes de banda quando me vem à cabeça, ou aleatoriamente numa conversa, e penso “isso seria um bom nome de banda” haha. Há muitos anos eu tinha esse nome “Gatos de Apartamento” anotado, e quando o disco começou a acontecer eu resgatei. Esse nome existiu porque eu tenho gatos há muitos anos, e vivemos em apartamento, e eu acho que os gatos de apartamento têm uma particularidade diferente, sei lá, são diferentes de gato de casa que vive dando rolê pela rua. E o nome tem essa construção meio “Ratos de Porão” só que exatamente ao contrário, que eu achei engraçado.
Quais são as principais influências musicais da banda?
Essa é difícil, porque tem de tudo um pouco. Eu acho que a minha base é o rock dos anos 90 (grunge, Foo Fighters, RHCP etc.). Mas também adoro punk rock e Led Zeppelin, gosto do rock brasileiro dos anos 80, muita coisa da MPB (Clube da Esquina, Djavan, Tim Maia, Benjor, Chico Buarque). Beatles é uma unanimidade na banda… A Paula sabe tudo do rock dos anos 60. O Feeu tem muita influência de Guns n Roses e Pink Floyd. Paulinho é fissurado em Queen, mas toca de tudo. Beraldo viaja da música clássica ao Brujeria. O Shane tem uma bagagem de “americana”, com Neil Young e coisas do tipo, e ama jam bands como Phish e Grateful Dead. Mistura tudo e vê o que dá… haha.
A banda tem um bom material de músicas autorais e versões, como funciona o processo de composição e escolha de música para versão, quais critérios vocês usam?
As músicas partem das minhas composições, que depois eu coloco em demos. Daí a gente se junta no estúdio pra tocar e sempre surgem ideias novas de arranjo, e assim vamos refinando e polindo a canção até chegar num formato que consideramos pronto pra gravar.
As composições chamam atenção por sua estrutura muito bem feita, demonstram muita intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?
Acho que não tem uma que seja mais especial, até porque varia entre os integrantes, e também acho que muda conforme a época… Mas eu particularmente acho que “Pêndulo” é uma das melhores músicas que fiz até hoje, e “Baby Blue” também gosto pela simplicidade. Mas acho que como banda nós gostamos muito de tocar “Colina Verde”, que tem uma pegada bem diferente ao vivo, com um solo de teclado no final, quebradeira total… “Jaula 6” é uma música nova que temos adorado tocar mas que ainda vai ser lançada no próximo disco.
Quais são os próximos planos da banda?
O plano é começar a ensaiar pra um disco novo agora no final do ano, gravar e lançar no primeiro semestre do ano que vem. E tocar ao vivo, claro. Se tudo der certo devemos fazer um show aqui em SP lá por novembro.
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