Animamundi é programa certo pra qualquer idade. As animações e atividades que o festival traz abrangem gostos que vão desde filmes divertidos, a documentais, videoclipes, de temática leve ou profunda, brincadeiras, produção de vídeos animados na hora e muito mais.
Esse ano, a sede do festival, que começou no dia 10 no Rio de Janeiro e segue até o dia 17, para depois ir para São Paulo, está na Cidade das Artes. Apesar da distância, para aqueles que estão acostumados com as prévias edições da mostra, no CCBB e na Fundição Progresso, os organizadores defendem que o espaço da Cidade das Artes é muito bom e proporciona a infraestrutura ideal tanto das salas de exibição, quanto para o melhor aproveitamento das atividades, além de abarcar um número maior de pessoas. Além disso, a programação está espalhada por vários locais na cidade. Odeon, Ponto Cine, Auditória BNDES, Maison de France e Oi Futuro Ipanema são os outros locais aonde se pode desfrutar dos filmes do Anima Mundi 2015.
Para ajudar aqueles que não têm tempo de assistir todas as sessões e querem dicas rápidas de filmes de acordo com seu gosto pessoal, aqui vão algumas sugestões.
O programa Curtas 4 conta com a animação australiana Ernie Biscuit, de Adam Elliot, diretor de Harvey Crumpet e Mary and Max. Além disso, o filme Who Dunnit é uma divertida sátira de programas de auditório misturado com histórias de detetive e After the end é outra divertida história de um homem preso numa ilha no mundo pós apocalíptico.
Já o programa Curtas 5 conta com vários filmes muito bons. Meanwhile fala dos acasos da vida que interconectam histórias, Tsunami é um belo filme que ressalta aspectos da mitologia e natureza orientais, Lost Property é um lúdico filme que trata dos encontros mais que fortuitos entre dois velhinhos, A Single Life brinca com a passagem do tempo de maneira bem breve e The Orchestra dialoga mais uma vez com o universo dos velhinhos solitários e as possibilidades de novos relacionamentos na terceira idade.
Em Curtas 8, os destaques vão para o estilo que mistura técnicas que lembram os tableaux das primeiras experiências cinematográficas com o humor negro do filme One Night in Hell; Os prisioneiros, interessante documentário sobre filhos de mulheres prisioneiras em Portugal; outro filme extremamente afiado politicamente que traduz bem o pensamento capitalista, Quem paga a conta? e finalmente, Deadly, delicado e sensível encontro entre uma senhora e a morte.
O Curtas 10 exibe vários filmes divertidos e bonitos. Não vale a pena escolher alguns, pois a sessão inteira está muito boa.
Já o Curtas 11 vale muito a pena ser visto pelos filmes Phantom Limb, pelos seus traços, cores e texturas; Cooped pelo senso de humor; Deep Dance pelos movimentos, luzes e cores incríveis ao retratar o mundo animal como uma coreografia poética e The day she jumped out of her head, por ser simples, mas gostoso de assistir.
Curtas 12 merece ser assistido pelos filmes Parrot Away, Blue Room, Animator vs Animation, Patch e The Old Man and the Bird.
O Curtas 13 conta com Banka e talvez um dos melhores filmes do festival, The Race.
Curtas 15 possui os belos Dernière porte au sud e Religatio, e os simples, mas divertidos Golden Shot e Myself Universe.
Pra não ficar longo demais e só pincelar alguns outros nomes que valem a pena ser conferidos aqui estão alguns soltos dos outros programas:
Nos Panoramas: os macabros The Raven, Teeth e O quebra cabeça de Tarik. O que mistura animação com live action, Dead Air, o paranóico Monsieur Pug, os documentais e politicamente interessantes Hora, Alienation e Confessions. Os sensíveis Les Pécheresses e Man in the chair. E os engraçados Rainbow e TP.
Nas Animações em Curso, sugiro Pombo Loves You, um dos mais perturbadores, mas melhores que assisti, Roomate Wanted, Afternoon Class, This is how it starts, também um dos melhores que assisti, Chocolate Darwin, The Cabinet Decision, Her, La Coquille. Edgard e Half Wet.
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