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Até Que a Sorte Nos Separe faz sucesso fácil perigoso para nosso cinema

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Recordista brasileiro de bilheteria nos cinemas a comédia Até Que a Sorte Nos Separe é mais um exemplar que está dominando essa fase do cinema nacional: comédias gratuitas formuladas apenas para angariar retorno certo de reais. Basicamente são filmes que se encaixariam melhor na telinha da TV, dada sua total falta de aspiração cinematográfica ou até mesmo dentro de seu gênero.

Baseado livremente no livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, o filme acompanha as desventuras de Tino (Leandro Hassum), homem que se tornou um milionário por acaso. Na época, ganhava a vida como personal trainer, ele vivia com a esposa Jane (Danielle Winits) em um humilde apartamento, até que ganharam na Mega-Sena. Quinze anos se passam e ele se torna um obeso arrogante e ela uma perua tipicamente emergente. A gastança desenfreada dos dois e de seus filhos acabam com a fortuna deles, fato que Tino esconde da família, especialmente de sua grávida esposa, fazendo o que pode para estabilizar as finanças com a ajuda de seu vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas), consultor financeiro que Tino tanto implicava. Se o filme tem um lado bom são as interpretações.

Por incrível que pareça, tanto Hassum quanto Winits estão muito bem em seus papéis. Ele ainda mantém aquele histrionismo exagerado se sempre, mas como o roteiro é claramente mais fraco que o seu contexto, seu timing (mesmo por vezes exagerado!) é o que salva a situação. Ela parece estar se desprendendo do artificialismo que marca a sua interpretação na TV.

No geral, é uma comédia que não diverte, sendo apenas uma narrativa permeada de clichês que não trazem qualquer lógica crível estabelecida. Trata-se de uma família precariamente desenvolvida pelo roteiro e pela insípida direção de Roberto Santucci (De Pernas Pro Ar), muito mais preocupado em manter suas gags rígidas para um riso fácil. Infelizmente uma constante nesse tipo de filme que vem lotando os cinemas, mas esvaziando ainda mais a mente dos que nela procuram algum tipo de diversão. Uma pena…

[xrr rating=1.5/5]

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1 Comentários

  • Não concordo com muitos reviews feitos por este Renan pois todos parecem terem sido fruto de sua mente discutindo consigo mesmo num tom artificial e pseudo-intelectual querendo se auto afirmar a todo momento…Fico tentando imaginar se ele tenta atingir um discurso com o leitor ou por-se acima dele. Uma dica sempre revise o texto à procura de erros de digitação. E o filme é bonzinho e faltou considerar as implicações positivas que esse tipo de filme traz a uma pobre industria cinematográfica brasileira..Ou, o autor realmente acha que são produzidas obras primas do cinema a todo momento em outros países ja reconhecidos pelo seu potencial cinematográfico.

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