“Battleship – A Batalha dos Mares” expõe as fragilidades de um mercado chamado Hollywood

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Hollywood não aprende mesmo. A indústria cinematográfica ianque é marcada por seus vícios de mercado e formas com que caem em suas próprias armadilhas. Na valiosa temporada de filmes de verão (de lá!), que mal começou, já temos alguns bons (?) exemplos disso, como o mega fracasso John Carter (que muitos dizem ter sido o estopim para que o executivo Rich Ross saísse da presidência da Walt Disney Company) e a espécie de “Transformers do marBattleship – A Batalha dos Mares.

Na historinha, dirigida por Peter Berg, o problemático Alex Hopper (Taylor Kitsch) é arrastado para servir na Marinha junto de seu irmão, o Comandante Stone Hopper (Alexander Skarsgård), depois de causar tanto trabalho, dada sua (injustificada) irresponsabilidade. Alex se torna rapidamente um oficial, mas não consegue conquistar o respeito do seu irmão e do Almirante Shane (Liam Neeson) que, além de ser seu superior, é pai de sua namorada, Sam (Brooklyn Decker). Durante uma série de exercícios navais envolvendo várias nações, ocorre um ataque alienígena e começa todo o caos.

O filme é, basicamente, baseado num jogo de tabuleiro e não faz esforço nenhum para ir além disso. Sua trama batida mais parece uma ferramenta institucional de louvor a Marinha Americana, permeada por clichês dramáticos (um ato desbravador de um protagonista anti-herói para salvar o fim?), diálogos sofríveis e uma inexplicável duração que só dilui a força de seu clímax.

Como estamos em 2012, não cabe mais ficar elogiando a qualidade dos efeitos especiais, que são brilhantes, mas nada que a indústria não venha fazendo há anos. E o roteiro é tão capenga que fica até difícil avaliar o desempenho do debut de Rihanna, já que os personagens não saem dos arquétipos de “herói problemático”, “irmão compreensivo”, “parceira valente”, etc, etc…  Mas o pior é perceber que a grande influência estética de tudo é o artificialismo de Michael Bay, ou seja, no desespero por expandir sua caixa registradora, Hollywood está até entrando em crise de identidade. E o público não anda querendo ser Freud…

[xrr rating=1.5/5]

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