Biografia: James Cameron

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jamescameronNo finzinho de 1997, o diretor canadense James Cameron lançou o filme mais caro da história, com um roteiro bobo sobre dois adolescentes vivendo um amor proibido durante a mais famosa tragédia naval do mundo. Céticos previram que os alarmantes US$ 200.000.000,00 gastos pela FOX nunca seriam recuperados, até que um crescente frenesi transformou o filme em mito, e Titanic se tornou o filme de maior bilheteria de todos os tempos.

A coroação veio com os 11 prêmios Oscar, e Cameron anunciou que seu próximo filme traria atores digitais numa tecnologia inédita. Os anos se passaram, os dólares foram gastos e os atrasos na pr0dução fizeram os críticos mais uma vez previrem desastre. Em 18 de Dezembro de 2009, Avatar fez sua estréia mundial. Um novo filme mais caro da história acabou confirmando o “toque de midas” do diretor, já que outra história boba (uma espécie de Pocahontas com Star Wars) encantou o mundo, graças ao show de tecnologia imaginado por Cameron. Não tem nem uma semana, e já, já o filme vai se pagar e começar a dar lucro.

Início

James Francis Bacon Cameron nasceu em 16 de Agosto de 1954 em Kapuskasing, Ontário, no Canadá. Em 1971, sua família se mudou para a Califórnia, e enquanto estudava Física e Inglês, o jovem James passava horas nos arquivos cinematográficos da University of Southern California, onde lia todos os trabalhos sobre efeitos especiais e fotografia. Quando viu Star Wars em 1977, ele resolveu tentar a carreira no cinema, onde entrou como diretor de arte e técnico de efeitos especiais.

Ele era diretor de efeitos especiais do filme Piranha 2, de 1981, mas quando o diretor abandonou o projeto, os produtores resolveram colocar James no cargo. Durante as filmagens, ele teve um pesadelo sobre um robô vindo do futuro para matá-lo. A idéia mudaria sua vida.

Obra

Depois de terminar o roteiro de O Exterminador do Futuro, o problema de Cameron foi conseguir um estúdio que aceitasse colocá-lo como diretor do filme (ele ainda era um iniciante, afinal de contas). O filme custou US$ 6,5 milhões para ser produzido, mas acabou lucrando mais de US$ 70 milhões no mundo todo.

Com o sucesso, Cameron assumiu a direção da sequência de Alien, de Ridley Scott. A equipe não levava muita fé no diretor novato, mas a idéia de colocar Sigourney Weaver reprisando o papel de Ellen Ripley, e o tom feminista da personagem forte deram o que falar, e o filme foi um sucesso. Com outro acerto, o diretor passou a ter mais liberdade para seus projetos, que só cresceram…

O segredo do Abismo foi outra caríssima experiência sci-fi, seguida da continuação de O Exterminador do Futuro. O filme tornou-se o lançamento de maior arrecadação do ano (1991), e Cameron anunciou uma terceira parte, que acabou sendo lançada somente em 2003, mas sem o envolvimento do diretor.

Cameron e Arnold Schwarzenegger se juntaram de novo em True Lies (1994), mas foi com seu filme seguinte que James fez história.

Com espírito aventureiro, o diretor resolveu mergulhar os quatro mil metros de oceano que velam os destroços do Titanic, o mais famoso navio da história. Lá, ele filmou o navio destruído e esse presente submarino virou porta de entrada para o passado luxuoso do transatlântico. Apesar das diversas maquetes e efeitos de computador, Cameron construiu uma réplica quase idêntica do navio, com detalhes que consumiram o orçamento da produção enquanto criavam a mais fiel representação cinematográfica do navio e sua história. O esforço valeu, e Titanic virou fenômeno pop.

3-D

Rico, famoso e premiado, James Cameron pode se aventurar no que quiser. O projeto de um filme em 3-d, com atores virtuais e tecnologia inédita foi desenvolvido durante uma década. A novidade veio não só nas telas, onde a animação digital se mistura com o filme sem o efeito “massa de modelar”, mas também nas câmeras, onde o diretor pode visualizar os atores virtuais na hora, com as expressões e movimentos de seus modelos reais, sem que a animação tenha que ser incluída depois.

No fim das contas, o sucesso de Avatar está justamente em utilizar a tecnologia 3-d como parte da história, ao invés de tentar exibir o efeito sem propósito. O diretor já disse que nunca mais fará um filme que não seja nesse formato, e já anunciou o relançamento, para 2011, de Titanic, devidamente tridimensional, é claro.

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