O Anime de 1995 “Ghost in The Shell” é um dos mais cultuados nos últimos anos, junto com “Akira”, e um dos grandes pilares da cultura Cyberpunk de obras mais recentes, como o mais notável delas, “Matrix” de 1999. A animação se propõe apenas mostrar apenas um recorte do seu material original, o Mangá de mesmo nome criado por Masamune Shirou. Por isso só vemos A Major, que é uma melhorada artificialmente que trabalha no Setor 9 do Governo, com a função controlar esses melhorados. A trama se forma quando um melhorado se entrega ao Setor 9 e outros membros governo vêm ao seu alcanço.
O anime tem uma trilha sonora muito marcante, uma qualidade de animação impecável até para os dias de hoje, tendo uma direção muito dinâmica de Mamoru Oshii e cenas de ação que chegam a ser icônicas.
O forte de “Ghost in the Shell” na verdade é a sua discussão filosófica sobre a definição sobre o que é a vida, ao sermos expostos a uma situação no qual uma Inteligencia Artificial consegue demonstrar um lado “humano” e, quem sabe, mais ainda que alguns personagens que aparecem durante a fita. São questões levantadas pela literatura da ficção cientifica desde os primórdios, vindo do Monstro de Frankenstein, passando por Metropolis, chegando até o T-800 de “O Exterminador do Futuro”.
O filme não tem a pretensão de responder qualquer coisa, muito menos de ter um final fechado. É uma obra extremamente aberta, que permite ao espectador poder absorver o que lhe for mais interessante, desde as discussões filosóficas, até o simples entreterimento como um anime de ação. Algo que parece que foi muito bem representado na Trilogia Matrix, em que podemos ver so filmes por vários aspectos, embora esse tenha um final mais fechado que a animação.
“Ghost in the Shell” é uma obra que não envelheceu com o passar dos anos e sua discussão continua muito relevante. Um clássico, que ainda inspira muitas histórias.
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