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"Círculo de Fogo – A Revolta" troca a diversão pela chatice

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Superestimado, o filme Círculo de Fogo (2013) era uma aventura assinada pelo agora oscarizado Guillermo del Toro, em que ele parecia claramente querer se divertir fazendo. Óbvio que o diretor mexicano é comprovadamente talentoso e o resultado, se não é essa maravilha toda que ficam vendendo (não é!), pelo menos revelou-se um entretenimento dos mais honestos. Sua continuação demorou, mas veio. E sem del Toro. O que afetou violentamente seu resultado. Círculo de Fogo – A Revolta se passa dez anos após os acontecimentos do filme anterior, ou seja, quando os humanos venceram os Kaijus fechando uma tal fenda interdimensional por onde esses monstros invadiam a Terra.
O carismático John Boyega vive o filho do personagem de Idris Elba, que no filme passado se sacrificou para essa vitória. Mesmo muito diferente do pai e avesso a rompantes heroicos, após um apelo da meia irmã Mako (Rinko Kikushi), acaba retornando ao quartel-general (Pacific Rim) para treinar novos pilotos, entre eles a órfã Amara (Cailee Spaeny). Exatamente quando a tal fenda é desobstruída… sim… comprometendo o destino da humanidade.

O filme é dirigido pelo novato Steven S. DeKnight (vindo de séries como Smallville e Demolidor) e parece que suas referências estavam mais centradas na irritante franquia Transformers do que no filme original em si. A trama vira uma guerra de robôs gigantescos que não possuem qualquer fiapo de personalidade, o que afeta muito a afeição do espectador, que rapidamente se cansa de tanta barulheira e efeitos visuais. Para piorar, o roteiro distribui personagens em “núcleos” sem a menor preocupação em desenvolvê-los ou simplesmente dar alguma função à história em si.
Se a franquia inciada por del Toro, com suas referências e habilidades, conseguia garantir ao menos um entretenimento digno, essa continuação se torna quase um suplício de se assistir, principalmente por regredir a marca a condição de ser apenas genérica.

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