Copa de Arte e Cultura: dicas do Grupo C

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Essa semana a equipe de autores do Ambrosia resolveu entrar no ritmo da Copa do Mundo. Porém, como não somos especialistas em futebol mas somos viciados em cultura, resolvemos trazer a vocês a série Copa de Arte e Cultura do Ambrosia.
Como funciona?
Bem, cada autor escolheu 1 dos 8 Grupos da Copa e ficou encarregado de oferecer aos leitores uma ou mais contribuições do que consideramos haver de interessante no movimento de arte e de cultura de cada país.Deu trabalho… Coube a nós muita pesquisa para investigar o que esses países oferecem de legal para o mundo (tanto para países menos conhecidos como a Bósnia e Herzegovina quanto para nosso “sempre-em-casa” Brasil, as opções se multiplicam conforme nos aprofundamos no tópico).
Mas acreditamos ser importante aproveitar esse momento para golearmos a favor da diversidade cultural.
Por isso convidamos todos a ficarem cada vez mais curiosos e interessados na troca mundial tanto quanto a gente.
Grupo C

Falando sobre futebol, talvez o grupo C seja o mais fraco na Copa do Mundo 2014, com a apagadinha Colômbia como cabeça de chave. Mas, artisticamente, este é um grupo rico, cheio de história e que tem o Japão como cabeça de chave cultural (anotaram o novo termo, crianças?). Veja dicas culturais dos quatro países – e para todos os gostos!
Colômbia
Literatura: Sabe quem nasceu na Colômbia? Gabriel García Márquez. O recém-falecido escritor ficou conhecido mundialmente ao ganhar o Nobel de Literatura m 1982. Para mais autores, conheça Rafael Pombo, poeta romântico e escritor de obras infantis, e María Mercedes Carranza, que retratou a condição da mulher colombiana no século XX.
Cinema: Sabia que García Márquez também se envolveu com a sétima arte? Sim, foi em 1954, quando ele e o pintor Enrique Grau fizeram o curta surrealista “A lagosta azul”. E sabe a nossa pornochanchada? Na Colômbia, os filmes desse tipo eram chamados de “pornomiséria”. Para algo bom e atual, tente “A vendedora de rosas” (1998) e “Maria cheia de graça” (2004).
Música: Assim como no Brasil, a música colombiana é formada pelos vários ritmos dos formadores de seu povo: europeus, índios e negros. A salsa é muito popular e também a música pop, cuja maior expoente é a cantora Shakira.
Quadrinhos: Parece que é impossível fugir de García Márquez. O escritor ganhará uma biografia em quadrinhos. Enquanto isso não acontece, conheça o trabalho de Tatiana Torres, mais conhecida como Tateé.

Costa do Marfim
Literatura: Este país tem como língua oficial o francês, mas existem outros tantos dialetos. Os temas de protesto, dominação e colonização predominam, com destaque para Ahmadou Kourouma.
Cinema: Roger Gnoan M’Bala tem apenas 8 títulos no currículo, mas é o principal diretor costa-marfinense. Seus filmes ganharam elogios em diversos festivais internacionais.
Música: O reggae predomina. Os mais populares cantores são Alpha Blondy e Tiken Jah Fakoly.
Quadrinhos: Marguerite Abouet usou as lembranças da infância na Costa do Marfim para criar com o esposo francês a graphic novel Aya, que mostra um raro país africano próspero.
 
Grécia
Literatura: A terra de Homero não produziu só “Ilíada” e “Odisseia”. Quem prefere leituras menos clássicas pode procurar os livros adaptados para o cinema “Zorba, o grego” e “A última tentação de Cristo”.
Cinema: O grande filme antes de 1970 é “Nunca aos Domingos”, de 1962. Depois surgem produções aclamadas mundialmente como “Z” (1969) e, há pouco tempo, “A eternidade e um dia” (1998).
Música: Os gregos adoram dança, e a mais famosa é o Zebékiko, em que um dançarino interpreta uma coreografia livre e outros batem palmas ajoelhados. Para algo menos étnico, escute Anna Vissi e Elena Paparizou.
Quadrinhos: Arkás é uma espécie de Banksy grego. Ele detesta publicidade, não dá entrevistas de maneira alguma, mas ainda assim chama a atenção com seu humor universal.
 
Japão
Literatura: Atualmente, o autor Haruki Murakami é o mais acessível aos leitores brasileiros. Ele é o criador da trilogia best-seller 1Q84, traduzido para mais de 40 línguas.
Cinema: Começando com os cults Ozu, Kurosawa e Mizoguchi, o cinema japonês tem história e conquistou seu espaço. Hoje os destaques são as animações do Studio Ghibli, em especial as dirigidas por Hayao Miyazaki.
Música: Além dos instrumentos e músicas seculares, há espaço para todos os gêneros. Um fenômeno único é o J-Pop, que tem influência retro e sempre vem com muitas cores.
Quadrinhos: Quem nunca ouviu falar de mangás? São os quadrinhos japoneses, que começam “de trás para frente”, se tomarmos a orientação dos nossos quadrinhos. Os mangás popularizaram personagens como Naruto, Astro Boy, Sakura e muitos outros.

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