Concorrendo entre 25 obras nacionais e internacionais pelo prêmio principal do 19º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), o documentário “Martírio”, de Vincent Carelli, foi aclamado como o grande vencedor da mostra neste domingo e levou o grande prêmio de R$ 70 mil – além do prêmio de melhor longa-metragem. O filme conta a história da ocupação das terras dos índios Guarani Kaiowá, violenta e recorrentemente invadidas por fazendeiros da região, resultando na morte de dezenas de índios desde a década de 1980 (assista ao trailer aqui)
O segundo maior prêmio do dia, o troféu Saneago de Cinema Ambiental, no valor de R$ 30 mil, foi para o filme “Ilha”, de Daniel de la Calle, que trata da especulação imobiliária no território quase isolado de Boipeba, na Bahia. De acordo com a representante do filme, Natália Ribeiro, o filme desloca a atenção de um viés puramente natural para questões sociais de grande relevância para a comunidade em foco. Mas não apenas, uma vez que esse problema se repete, de outras formas, em todo o país, afirmou Ribeiro.
Martírio – filme vencedor do FICA 2017
15ª mostra ABD Cine Goiás
Importante janela de premiação e reconhecimento da produção que é realizada em Goiás, a mostra da seccional da Associação Brasileira de Documentaristas (ABD) distribuiu R$ 120 mil em 13 prêmios para produções goianas. Ao todo, 101 filmes foram inscritos, dos quais 20 foram selecionados para a mostra. Dentre os vencedores, o melhor filme de ficção foi “Algo do que fica”, dirigido por Benedito Ferreira; melhor ator Oldom Bonfim (“Algo do que fica”); melhor atriz Helen Moreira, (“Procura-se Marina”); e melhor direção para Iolanda Margarida (“Procura-se Marina”).
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