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Festival do Rio: "A Hard Day's Night" completa 50 anos em ótima forma

Há exatos 50 anos os Beatles tinham acabado de conquistar a América. Dominando as paradas de discos dos dois lados do Atlântico, faltava apenas um veículo para consolidar a beatlemania: o Cinema. “A Hard Day’s Night” (idem, Grã Bretanha/1964) é uma brincadeira do diretor Richard Lester que acabou servindo como um divisor de águas. O cineasta, que anos depois concluiria “Superman II” inacabado por seu xará Richard Donner, e dirigiria “Superman III”, criou com o filme, a linguagem de videoclipe, 17 anos antes da criação da MTV e ainda definiu ali as características de cada um dos quatro que ficaram marcadas para sempre: John, o rebelde; Paul, o galã bom moço; Ringo, o piadista e George, o quieto.
Considerado por muito tempo como um filme boboca, ingênuo e sem conteúdo, já se chegou à conclusão que aquele humor, na verdade, vinha imbuído de uma fina ironia típica dos ingleses, que pela sutileza, passava despercebida. Claro, não se pode falar de Beatles sem citar a parte musical, até porque foi por ela que tantos jovens lotaram os cinemas há 50 anos. Além da faixa título, estão, entre outras, “I Should Have Known Better”, “Can’t Buy Me Love”, “And I Love Her”. No Brasil, o filme foi batizado como Os Reis do Iê Iê Iê, por causa do refrão da música She Loves You (“she loves you yeah, yeah, yeah”).
A trama, bom, é talvez o menos importante, mostra o quarteto de Liverpool em suas desventuras causadas pelo sucesso, e muito, mas muito pretexto para números musicais. Não é muito diferente do que se faz hoje com o One Direction, por exemplo. Mas funcionou. Tanto que Richard Lester voltou para dirigir o quarteto mais uma vez em Help, um ano depois.
A oportunidade de assistir a “A Hard Day’s Night” em uma cópia restaurada (passa hoje, o derradeiro dia do Festival do Rio) não pode ser desperdiçada, tanto pelos fãs da banda quanto pelos amantes da música de modo geral.

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