“A Estrada 47” é um clássico filme de guerra que, na verdade, revela-se uma superprodução (e coproduzido) entre Brasil, Itália e Portugal.
O longa, dirigido por Vicente Ferraz, narra a aventura de quatro pracinhas brasileiros que, em plena 2ª Guerra Mundial, foram enviados pelo governo do Brasil à Itália, para lutar contra o nazismo e o fascismo. Com toda a dificuldade geoclimática que isso pode implicar, eles tentam recompor os ânimos e desarmar a estrada minada que os separa de uma vila monitorizada pelas forças do Eixo. A, digamos, carpintaria do filme é bem feitinha, cumprindo os ditames dos chamados “filmes de guerra” com correção.
O defeito está no roteiro que é relapso na construção de personagens e o próprio narrador é esquecido durante quase toda a história, com um Daniel de Oliveira estagnado numa expressão angustiada o tempo inteiro (menos por culpa dele e mais por uma distração de direção). Mas é inegável que, acima desses vacilos, o filme configura-se como um importante retrato da participação brasileira (em suas idiossincrasias) na Segunda Guerra. A emoção dos nonagenários pracinhas presentes na sessão de gala do Festival do Rio 2013 legitimou o resultado.
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