Depois que a computação gráfica chegou ao mundo das animações, a Walt Disney Pictures entraram em uma espécie de crise de identidade. Alguns filmes lançados foram bons, outros nem tanto. A famosa era de ouro havia passado e eles precisavam a todo custo retornar a boa forma. E qual a melhor maneira de fazer isso do que voltando as origens musicais e apostar em belas canções? Certamente com “Frozen – Uma Aventura Congelante” este problema parece ter sido resolvido.
Anna e Elsa vivem num belíssimo castelo e são amadas pelos pais. Acontece que Elsa nasceu com o poder de criar gelo e neve, algo que Anna simplesmente adora. Uma noite Anna acorda a irmã para que as duas brinquem no salão do castelo, Elsa a princípio não quer levantar, mas acaba aceitando. A brincadeira está a todo vapor, mas Anna acaba sofrendo um pequeno acidente e Elsa fica muito preocupada pois a irmã não acorda. Seus pais vem correndo e a levam até a floresta onde um troll ancião cura a menina em troca de todas as suas memórias sobre magia, o que significa que ela não mais lembrará dos poderes da irmã. Desolada Elsa acaba se trancando no quarto, onde o único a visitá-la é seu pai que a ajuda a controlar seu poder, mas ela sente que não estão fazendo progresso. Infelizmente seus pais vão precisar fazer uma viagem, o que acaba em uma terrível tragédia. O castelo é trancado em luto e Elsa continua em seu quarto isolada, crescendo completamente separada de Anna.
Os anos passam e agora Elsa atingiu a maioridade e já pode assumir o trono e pela primeira vez durante todo esse tempo o castelo será reaberto o que deixa Anna extremamente entusiasmada. Um baile é preparado e pessoas de outros reinos estão vindo para conhecer as princesas. Elsa é coroada Rainha, mas algo dá muito errado, ela se apavora e acaba fazendo com que todo o reino de Arrendel caia em um rigoroso inverno. Muito preocupada, Anna decide ir atrás da irmã e convencê-la a consertar tudo. Apesar de ser uma ótima ideia, não será um caminho fácil de percorrer.
A animação, que é baseada no conto “A Rainha da Neve” de Hans Christian Andersen, fez com que a Walt Disney Pictures voltassem a velha fórmula de princesas, belos cenários, canções e uma cativante história de amor. Acontece que ainda assim, eles não quiseram abrir mão de inovar e acrescentaram elementos a essa antiga fórmula que certamente fará muito sucesso. Pela primeira vez, nada é realmente o que parece ser e os personagens não são totalmente definidos desde o início.
Elsa não é uma vilã típica, mesmo porque, ela não o é. Na verdade, ela é apenas uma jovem confusa, que possui poderes e precisa se esconder do resto do mundo que teme não aceita-la se descobrirem sua verdadeira natureza. E não é assim que muitos jovens e até adultos se sentem nos dias hoje? Que precisam esconder verdades sobre si com medo de não serem aceitos? Já sua irmã Anna é o que podemos chamar de “boba alegre”, que não enxerga maldade em outro ser humano e é complemente desligada e desastrada. O que acaba sendo garantia de boas gargalhadas, principalmente quando ela se une a Kristoff, Sven e o boneco de neve (que gosta de abraços quentinhos) Olaf.
Sempre muito preocupados em entregar uma animação de qualidade, a dublagem é sem dúvida um dos elementos mais importantes e a versão original conta com grandes nomes como Kristen Bell e Idina Menzel, responsáveis por dar a voz e canto a Anna e Elsa respectivamente. Mas, na hora de traduzir é onde complica um pouco e a Disney Brasil tem pecado em suas últimas escolhas com os dubladores. Certamente escalar Luciano Huck para dublar o Flynn em “Enrolados” foi o fim da picada. Ou colocar a cantora teen Manu Gavassi (produto do Canal Disney Brasil) para dublar as lindas canções celtas em “Valente” não foi nada, nada inteligente. Logo, era perfeitamente normal que as expectativas sobre a dublagem de “Frozen” por aqui estivessem baixas. Bom, podem ficar sossegados, pois posso afirmar com convicção que eles acertaram, inclusive ao escolher o comediante Fábio Porchat para dublar o boneco de neve Olaf.
Para uma primeira empreitada, Porchat saiu-se muito bem e o fato do personagem possuir poucas falas o ajuda bastante, já que seria difícil manter a mesma veia cômica por tanto tempo. Os demais dubladores são profissionais e as vozes casaram perfeitamente com os personagens. Quanto as canções, para quem ouviu “Let it Go” na voz de Idina Menzel, fica difícil pensar nela em outro idioma, mas as traduções brasileiras não deixaram a desejar e empolgam bastante. O 3D é bem feito e irá empolgar as crianças, assim como o curta “Hora de Viajar” que é apresentado antes do filme e comemora os 85 anos de nascimento de Mickey Mouse num estilo clássico e preto e branco.
Se a intenção com “Frozen – Uma Aventura Congelante” era de se redimir e voltar a boa e nova forma, parabenizo a Walt Disney Pictures, pois conseguiram. Esta animação tem tudo para se tornar um sucesso e mostrar que histórias de amor, nem sempre envolvem um homem e uma mulher.
Estréia em 03 de Janeiro.
adoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
realmente o filme eb mt bom ontem eu vi
adorei e daqui a pouco vou ter poderes
Artigo muito bem escrito!Tal como o de enrolados 🙂
Muito obrigada =)
oi meu nome e elsa
Você quer brincar na neve? Um boneco quer fazer ?
lidos
Muito bom!