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Crítica: "Fúria" segue o estigma sem critérios de Nicolas Cage

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Um dos mistérios mais guardados de Hollywood é a trajetória errante de Nicolas Cage nos últimos… 20 anos. De promissor a piada, passando por tentativas bem ou mal-sucedidas pelo Cinema Indie, nenhum raciocínio lógico consegue explicar sua carreira. Aliás, uma biografia sua seria das mais interessantes e desafiantes de ser escrever. Agora ele volta aos cinemas com Fúria, que não só é ruim por ser ruim, como também ambiciona ser uma oportuna franquia como Busca Implacável, só quem sem a esperteza de um Luc Besson por trás. Cage vive Paul Maguire, um homem de negócios casado com uma bela mulher e pai de uma garota. No passado, teve um sombrio envolvimento com a Máfia. Aposentado, a tranquilidade de Paul desaparece quando a sua filha é levada de sua casa de forma violenta. Ele então se junta com seus antigos companheiros de crime para descobrir o motivo do assassinato e ir em busca de vingança.

A trama de vingança segue sem a menor sutileza, com direito até a vilões cartunescos e diálogos infantis. Aliás, uma das falhas bem evidentes do longa está em toda sua parte técnica com uma montagem esquisita, falhas na iluminação (numa cena de externa, fica evidente o equívoco duma luz quente) e fotografia inexistente. Trata-se de um filme B ancorado na (pseudo)representatividade do nome de Cage. O que é muito esquizofrênico já que o ator tem tido alguma sobrevida em filmes que vão justamente direto para a TV. O diretor Paco Cabezas leva seu filme no modo automático e Cage – numa caracterização inexplicável – segue fazendo de sua carreira uma piada incompreensível.

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