Num gênero comumente abundante em mediocridade, dado a pouquíssima ambição artística frente ao suposto público interessado, G. I. Joe 2: Retaliação é até um blockbuster ok. Se levarmos em conta ainda que sua origem vem da Hasbro, empresa de brinquedos famosa nos anos 1980 e que já resultou em aporrinhações inesgotáveis como Transformers e (o belo tiro n’água) Battleship, essa continuação do sucesso de 2009 é quase uma acalanto, mesmo com a desconfiança prévia pelo fato do filme ter sido inúmeras vezes adiado estando pronto para ser lançado. Coisas da mercantilização do 3D.
A história começa exatamente de onde eles pararam no filme anterior. O presidente americano (Jonathan Pryce) é mantido como refém, e substituído pelo vilão Zartan. Através de uma ordem do falso presidente, os G. I. Joes são destruídos, passando a credibilidade para os Cobra. Roadblock, (o novo protagonista vivido por Dwayne “The Rock” Johnson), Lady Jaye (Adrianne Palicki) e Flint (D.J. Cotrona), sobrevivem e partem para a busca por vingança, para isso, buscam aliados que com alguma credibilidade e confiança na missão, como o veterano Coronel Joe Colton, que dá nome à equipe, vivido por Bruce Willis (aqui, comprovando a tese que até rir de si mesmo o tempo inteiro no cinema cansa).
É gozado como o roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick (Zumbilândia) fica o tempo inteiro tentando dar algum significado político á sucessão de cenas de ação (muitas gratuitas), mas expondo sua superficialidade inteiramente consonante com as necessidades narrativas do gênero. Apenas isso. Um aprova cabal são as cenas ninjas que nada acrescentam a trama, mas agregam forte valor estético, além de proporcionar a melhor e mais intricada cena de ação do longa, entre ninjas escaladores. O diretor John M. Chu, que se notabilizou por filmes musicais e de impressionantes dramaturgias coreografadas (Se ela dança, eu danço 2 e 3), parece se conformar que não dá mesmo para tirar leite de pedra de um filme baseado em bonecos militares clássicos e maneja tudo com desempenho protocolar, resultando numa versão bem mais realista que o primeiro, mas não menos esquecível.
[xrr rating=2.5/5]
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