Homem se mata vendo Watchmen

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comedianteSim, Watchmen recebeu críticas muito ruins, mas acho que nada supera a simbologia do incidente desta segunda-feira, por mais que ele possa não ter nenhuma conexão com o conteúdo do filme.

Pouco após bater o sino da meia-noite desta segunda-feira (6 de abril), 10 espectadores de um cinema ouviram o barulho de uma arma sendo preparada, o que é de arrepiar os cabelos de qualquer um, especialmente se você está em um local fechado nos EUA assistindo um filme com bastante tensão e violência.

Um disparo é ouvido, a polícia chega algum tempo depois, mas o rapaz de 24 anos já se encontrava morto, com um ferimento de tiro na cabeça.

A pessoa sentada mais próxima do suicida estava a apenas duas fileiras de distância.

Talvez seja muito frio da minha parte, mas concordo com um comentário que li na internet sobre a notícia: o lado bom é que ele não resolveu atirar nas 10 outras pessoas do cinema antes de dar fim à própria vida..

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17 thoughts on “Homem se mata vendo Watchmen

  1. · 7 de abril de 2009 at 17:40

    Diana, só um comentário construtivo:

    Shotgun, e não shot-gun.

    Ou usar o termo em português, que é escopeta.

    Abraços.

  2. Li um comentário que foi logo após aparecer o Dr Manhattan pelado…

  3. Caramba o.O

    Mas porque será que justo no filme o cara resolve se matar??? que bizarro o.O

    http://www.larissapalmieri.com.br/blog
    http://sketchtrash.blogspot.com/

  4. Vai ver o rapaz tinha tido já problemas com a namorada de ordem fisiológica e se sentiu “diminuído” ao ver o Manhattan do Dr. Pelado?;)

  5. “Pelo menos ele nao mato os outros dez antes de se matar!!!!!!”

    é a unica coisa realmente importante no artigo!

  6. O suicídio é sempre lamentável, seja atirando contra a própria cabeça dentro de um cinema ou pulando do último andar de um shopping, ou mesmo se jogando de uma ponte, quer dizer que alguém ou muuuita gente não teve sensibilidade suficiente para perceber como aquela pessoa se encontrava transtornada e solitária… O que é mais impactante é a possibilidade de que possa haver uma pessoa bem próxima de cada um de nós nessas mesmas condições, mas não encontramos espaço em nossas vidas para enxergar de fato isso!

    • Sim, Valmer, isso acontece muito. Engraçado que, se você leu Watchmen pode ter reparado em uma fala do Bernard, o dono da banca de jornal: “Quando minha Rose morreu, a maioria dos nossos amigos eram amigos dela: eles simplesmente pararam de ligar. Eu entrei neste emprego para conhecer pessoas, entende?”, isso ele fala para o menino negro, cuja a reposta é basicamente: “e quem se importa?”. Watchmen é sobre isso também, sobre um mundo que dá cada vez menos importância para os homens e sentimentos dentro dele. Essa é uma beleza do quadrinho que eu não conseguir achar no filme. Ainda sim, fica a ironia da morte do rapaz nessa produção.

      Enfim, vou parar porque isso me lembra que é fácil falar.. É, porém, muito difícil perceber e, acima de tudo, ter saco para aturar uma pessoa sozinha e carente que precise de atenção.

  7. Se formos pensar bem, ninguém escapa da “mea culpa”, uma notícia na internet sobre o rapaz que nem sabemos o nome e que morava tão longe é, aparentemente, algo banal mas reflete situações que acontecem todos os dias por todo o Brasil, e às vezes na esquina da nossa casa… Quantos vizinhos a gente simplesmente nem conhece ou despreza completamente?

    • Desculpa, Valmer, mas por mais que isso possa soar mecânico e frio, o suicídio faz parte da sociedade, tendo em alguns momentos um número crescente de pessoas, em outros um número decrescente. Mas o suicídio é parte integrante do ser humano, seja por quaisquer razões (tem alguns textos de sociologia muito legais sobre isso, caso se interesse).

      Sim, nós sempre vamos manter uma sensação de culpa nesse tipo de situação, especialmente por causa da relação que mantemos com a morte e, mais especificamente, com o suicídio, tido, muitas vezes como muitas vezes como um ato desesperado e triste. Mas não tem como levar tudo para o lado pessoal, se sentir mal por não saber o nome da pessoa. Acho que a culpa deveria ser mais forte quando uma pessoa morre de fome ou de bala perdida ou pela poluição.

  8. Só tinha 10 pessoas no cinema? Então já está em fim de carreira mesmo, o filme…

  9. · 8 de abril de 2009 at 11:49

    triste
    lamentável
    um medonho retrato do nosso mundo atual
    “quem vigia os suicídas”!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    pessoas estão confundindo realidade com ficção.
    matrix????????????????????
    no future??????