Indiana Jones 5 perde a liderança nas bilheterias americanas para terror de baixo orçamento

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O retorno de Indiana Jones ao cinema não está sendo tão festivo quanto a Disney/Lucasfilm esperava. Após uma estreia nos EUA pouco vistosa de US$ 60 milhões de sexta a domingo (a previsão mínima dos analistas, que projetavam uma ganho entre 60 e 70 milhões) e um total de US$ 82 milhões nos quatro dias do feriadão da Independência, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” foi destronado em seu segundo final de semana pelo terror “Sobrenatural: A Porta Vermelha”, orçado em torno de apenas US$ 10 milhões.

Esperava-se que a nova aventura do arqueólogo vivido por Harrison Ford fosse enfrentar dificuldades apenas na estreia de “Missão Impossível: Acerto de Contas”, que acontece na próxima sexta-feira (quinta no Brasil). O segundo fim de semana era visto justamente como uma chance de oxigenar a produção da Lucasfilm no box office, já que, teoricamente, não enfrentaria concorrência.

O novo filme da saga “Sobrenatural”, com Patrick Wilson debutando na direção, estreou com sólidos US$ 32 milhões na América do Norte. Essa é a segunda melhor abertura de terror para a Sony depois de “O Grito”, de 2004, que inaugurou com US$ 39,1. Enquanto isso, “Indiana Jones 5” arrecadou US$ 26,5 milhões, menos da metade da semana anterior, somando um total de US$ 121,2 milhões de bilheteria doméstica e US$ 247,9 milhões internacionalmente.

Lembrando que a liderança do feriadão do 4 de julho foi um pouco mais amarga para a Disney. Apesar de ter sido o lançamento com a melhor soma total, graças ao faturamento de sexta a domingo, na terça-feira (4), último dia do fim de semana prolongado, “Indiana Jones 5” ficou atrás de “The Sound of Freedom”, filme em pré-estreia, estrelado por Jim Caviezel (de “A Paixão de Cristo”), que arrecadou US$ 14 milhões contra US$ 11 milhões do aventureiro. Todavia, na sua estreia em grande circuito nesse final de semana, o drama de ação não conseguiu superar Indy e terminou em terceiro lugar, com US$ 18,2 milhões.

Assim, agrava-se o drama da superprodução da Disney/Lucasfilm, que se iniciou na première em Cannes, mais de um mês antes do lançamento nos cinemas, com uma recepção dividida dos críticos. Com um custo estimado em quase US$ 300 milhões (fora publicidade), “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” dificilmente terá lucro apenas com receita de bilheteria, já que é improvável que tenha fôlego para resistir a MI 7 e ao duelo de titãs da semana seguinte, “Oppenheimer” vs “Barbie”. A menos que o chicote de Indy consiga mantê-lo pendurado ao menos em uma terceira ou quarta posição por algumas semanas, a salvação parece vir mesmo na forma de VOD e no catálogo do streaming Disney+.

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