Depois que reli os sete livros da série, só cheguei a uma simples conclusão: o mundo mágico criado por J.K Rowling é fantástico!
Harry Potter não é apenas uma série de livros bem escritos, mas um império que envolve filmes bem produzidos, elenco milionário, brinquedos, jogos, roupas e uma série de outros itens.
Os críticos podem espernear a vontade, mas todos temos que dar o braço a torcer de que Rowling conseguiu um feito incrível na época, fazer com que crianças da era dos eletrônicos e programas de televisão voltassem a se interessar pelos livros.
Apesar das muitas críticas é impossível negar a qualidade do mundo criado por JK através de seus personagens ricos, história bem amarrada, segredos revelados no último minuto e lições, muitas lições.
Diferente de muitos heróis literais clássicos da fantasia, Harry Potter chegou cheio de falhas; carente, algumas vezes inseguro, imprudente, arrogante e com uma vontade enorme de se fazer ser aceito. Ao meu ver principal motivo do personagem cativar o leitor, tornando-o mais humano, mais palpável e por que não, até mais real.
Desde início somos apresentados ao sofrimento do orfão Harry Potter deixado a porta de seus tios que não o querem e o negligenciam até ele completar 11 anos e descobrir que todos os acontecimentos estranhos ao seu redor, não passam de mágica e que ele é na verdade um bruxo. Potter é levado a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts onde tudo começa e termina. Harry descobre o que aconteceu a seus pais e que cabe a ele e somente a ele enfrentar o mais poderoso bruxo das trevas, Lorde Voldemort. A cada ano vamos nos deparando com os anseios de Harry e seus amigos Rony e Hermione, que enquanto amadurecem precisam enfrentar um perigo atrás do outro. Os sentimentos mais fortes ao longo da história são amizade, confiança, coragem e esperança.
O enorme laço de amizade que une o trio é extremamente forte e eles não funcionam bem sem um ou outro presente. A confiança que todos a volta de Harry depositam nele é absurda demais para um garoto suportar, mas ele acredita que consegue. Esperança, ela sempre reinou desde o início. Harry acreditava que tudo mudaria para melhor, e mudou. Todos tinham esperança de que o Lorde das Trevas seria derrotado e que a paz voltaria a reinar. E é essa mesma esperança que impulsiona-os a criarem coragem para realizar todos os feitos ao longo da história.
Quando foi anunciado que a Warner Bros. tinha comprado os direitos para que esse grande clássico virasse filme, foi um frenesi total. A autora tinha apenas algumas exigência, a primeira delas que os atores mirins fossem todos britânicos. Logo começou-se uma bateria de testes enormes e depois de muitas crianças, três foram as escolhidas: Daniel Radcliffe seria o bruxinho Harry Potter, Rupert Grint, viveria Ronald Weasley e Emma Watson a esperta Hermione Granger. Foi feito um contrato para os 7 filmes (até então!) e o elenco seria o mesmo do início ao fim. A única mudança foi o falecimento do ator Richard Harris que vivia Dumbledore, substituído por Michael Gambon no terceiro filme.
Desde então tem sido sensacional acompanhar o crescimento do elenco. As mudanças de fase, amadurecimento, e assim crescemos todos juntos. Lá no ano de 2001 ano do lançamento do primeiro filme, os três eram apenas crianças deslumbradas com o sucesso de seu trabalho. Hoje, todos colhem os frutos dessa carreira meteórica e já caminham para novos rumos. A escolha dos atores veteranos não poderia ter sido melhor. Alan Rickman como Severus Snape foi aos poucos roubando as cenas e conquistando mais e mais. Maggie Smith que recentemente foi diagnosticada com câncer e mesmo fazendo tratamento, continuou firme e forte nas gravações do último filme. Jason Isaacs como o detestável Lucius Malfoy, que se entregou totalmente ao papel, sugerindo até a idéia dos cabelos compridos e sebosos para o bruxo. Revelações como Tom Felton , Matthew Lewis, Evanna Lynch, Bonnie Wright, que incorporaram seus personagens imediatamente.
Nem JK Rowling poderia prever o furacão que viraria Harry Potter que hoje conta até com um Parque temático na Universal Studios em Orlando. As crianças de 2001 viraram os adultos de 2011. Aprenderam valiosas lições com Harry e companhia e hoje desfrutam do belíssimo hobby que é a leitura. Numa época em que tudo era voltado para o boom do milênio, o universo mágico e recluso de Harry Potter serviu para diminuir um pouco o curso das coisas.
Todos aprendemos a conjurar um ótimo Patronum tendo pensamentos felizes, a tomar cuidado com os feijõezinhos de todos os sabores, prestar atenção as canções do chapéu seletor e ser sempre fiel a sua casa. Numa época em que nós adolescentes brigávamos com os pais e muitos até queriam fugir de casa, foi ótimo enxergar o outro lado da moeda. O lado que nos mostrou como seria uma vida sem os pais, sem alguém que nos desse carinho, amor e atenção.
Os sete livros da série foram traduzidos para mais de 15 idiomas e venderam mais de 320 milhões de cópias no mundo todo. Até agora os filmes arrecadaram uma soma equivalente a mais de 4 bilhões de doláres.
Hoje estamos caminhando para o final de uma saga que foi acompanhada pelo mundo inteiro. Vamos vibrar, sorrir, chorar e muito. Mas, não é um adeus. Longe disso. Porque apesar de no próximo ano não termos mais pelo o que esperar, poderemos sempre lembrar o quão felizes fomos e ainda somos com todas as aventuras que JK Rowling nos proporcionou. É algo tão grandioso que não vai acabar só porque não haverá mais filmes. Todo dia uma criança descobre a magia de Harry Potter, e assim nunca vai ter fim.
O meu muito obrigada a JK Rowling pela maravilhosa aventura e ao Harry, pois fiquei ao seu lado até o fim.
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