Pronto, agora Hollywood deu para “darknizar” os contos de fada e, como sempre, a banalidade oportunista acaba falando mais alto que o resultado artístico que traga um mínimo de dignidade ao entretenimento. Depois do problemático A Garota da Capa Vermelha, surge agora João e Maria – Caçadores de Bruxas, que caduca a fábula clássica dos irmãos Grimm numa versão tão absurda quanto desprovida de qualquer personalidade. A coisa é tão absurda que nem o nome original Hansel & Gretel: Witch Hunters, que não remete em nada à João e Maria
Anos depois de sobreviverem à tradicional casa de doces, João/Hansel (Jeremy Renner) e Maria/Gretel (Gemma Arterton) ganham a vida como matadores de aluguel. Ao ver muitas de suas crianças sendo raptadas o prefeito de uma cidadezinha chama a dupla para tentar desvendar os sumiços. Eles só não imaginavam que se tratava da aventura mais complicada até então.
Com um verniz de filme B e um roteiro com os clichês mais irritantes do gênero, fiquei até agora me questionando a razão de sua existência. Recheado de furos primários na história e uma falta de lógica que não convence nem adolescente que cresceu assistindo aberrações como Pokemon, trata-se de uma aventura falcatrua que sintetiza muito bem a crise criativa que a indústria anda passando. Quando, em determinado momento, surge uma metralhadora (de guerra) no meio da floresta medieval, eu conclui que na falta de sentido de filme reside uma completa idiotização de seu público. Como lidar?
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