Mestre Ennio Morricone, aquele que embelezou o Som

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Compositor de teatro, rádio, televisão e cinema, o arranjador e maestro italiano de música culta/popular, clássica/contemporânea, Ennio Morricone pode ser considerado um símbolo, uma fonte musical. Sua ficha é longa e heterogênea. 

Pessoa de uma vida sem estardalhaços, muito atrelado ao seu país de origem, ele que nos entrega uma obra que se basta, que se lança além do seu criador. São músicas que ficaram na memória geral muitas vezes, que submetidas a uma simples audição são facilmente reconhecíveis.

Dito “Mago das trilhas sonoras”, sua produção não se limita, expande-se.

Com mais de 400 filmes e programas de televisão, além de ter dirigido diversas orquestras em todo o mundo, ele ainda hoje realiza concertos (Ennio está com mais de 80 anos!) Teve colaboração com grandes diretores como Sergio Leone, Pier Paolo Pasolini, Bernardo Bertolucci, Brian de Palma, Giuseppe Tornatore ou inclusive Pedro Almodóvar em ¡Átame!

Só pra citar uma breve lista de filmes, tem-se: Era uma Vez no Oeste, Os Intocáveis, Cinema Paradiso, Lolita, Malèna, Bastardos Inglórios etc e etc…

Conta também com um Oscar honorífico (tardio, e que pouco lhe acrescentou) da Academia de Hollywood como homenagem a sua “dilatada carreira”, em 2007.

     

No campo discográfico, recebeu 27 Discos de Ouro, 7 Discos de Platina, e lá vai mais… êta caramba! A trilha sonora do filme Três Homens em Conflito foi incluída no Grammy Hall of Fame 2009. 

Claro, são diversos os prêmios, é tanta coisa que nem dá pena compilar aqui! Para os curiosos, há uma lista no site oficial: www.enniomorricone.it

     

Uma boa trilha sonora dá ênfase à emoção que o filme quer retratar, nos marca as sensações. 

São composições belas, que até uma criança tem facilidade para apreciar, ao mesmo tempo em que são eruditas, arranjadas com cuidado, respeitando e interagindo com a mídia em questão. É o puro exemplo de sua genialidade, a difusão. Como flerta com diversos estilos, é plural. Não há rótulos, pré-concepções.

 

 

Morricone igualmente inspirou diversas bandas de rock, que muitas vezes lhe tomam emprestadas certas faixas. Atualmente, temos o grupo The Mars Volta (com temas de Por um punhado de dólares). E esse é só um mero exemplo, uma ponta de iceberg do tamanho das colaborações, participações e homenagens feitas ao maestro.

Para breves audições de sua obra, para se ter uma ideia, visite este link.

Que venham os discípulos, que sigam seu modelo de persistência, dignidade; que se produzam mais obras, que a influência seja benéfica e para a ampliação do gênero musical.

Grossi
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Grossi

Grossi é escritor e músico, publicou entre outros títulos a novela “Obarro”, além do argumento de “Desculpe, seu tempo acabou”. Pela Poesia, lançou “Cura”, “Servidão”, “A Conferência”. “Cabezada”, “Esencias”, “Maneja” e “En las eras” são suas obras em espanhol. Participou como guitarrista e vocalista das bandas Alice, íO, Instrumental Vox, Ummantra, SAEM e A ras del suelo

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