O eterno Ben-Hur faleceu aos 84 anos neste sábado, 5 de abril de 2008. A provável causa foi uma doença degenerativa que o atacava desde 2002.
Heston se tornou um dos maiores ícones do cinema pelos personagens Ben-Hur (1959) e Moisés em Os Dez Mandamentos (1956) – filme este que fui obrigado a assistir centenas de vezes na casa da minha avó.
Em sua vida fora das telas, destaque por Heston ter largado sua carreira artística em 1944 para lutar na Segunda Guerra Mundial, por apoiar a luta pelos direitos civis dos negros na década de 60, chegando inclusive a participar da “Marcha pelos direitos civis” de 1963 com a camiseta “Todos os homens nascem iguais” – um ótimo título de filme!
Sua carreira no cinema começou a fraquejar no final dos anos 70, quando já não conseguia mais grandes papéis de destaque. No mesmo período Heston foi trocando suas convicções políticas até mudar de democrata para republicano poucos anos depois. A partir daí foi ladeira abaixo: Heston se tornou defensor do porte de armas de fogo, presidente da NRA – associação nacional de rifles, ativista contra o aborto e antidemocratas.
Duas peculiaridades merecem ser lembradas na trajetória de Charlton Heston: na primeira, o ator participou involuntariamente de Tiros em Columbine, como presidente da NRA, e, na segunda, interpretou um macaco moribundo do remake do Planeta dos Macacos, de Tim Burton.
Heston merece ser lembrado como o grande ator que foi, tendo inclusive ganhado um Oscar por Ben-Hur.
Filmes de destaque:
Os Dez Mandamentos (1956)
Ben-Hur (1958)
El Cid (1961)
Planeta dos Macacos (1968)
De Volta ao Planeta dos Macacos (1970)
No Mundo de 2020 (1973)
Midway (1976)
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