O cineasta, jornalista, escritor e comentarista Arnaldo Jabor faleceu na madrugada desta terça-feira (15). Ele estava internado em São Paulo desde meados de dezembro, quando sofreu um AVC. Embora os boletins médicos tenham divulgado uma melhora do quadro, a causa mortis foi complicações deste acidente vascular cerebral.
Jabor foi cria do Cinema Novo, movimento de vanguarda do cinema nacional com forte influência da Nouvelle Vague francesa. Seu envolvimento com a sétima arte começou como crítico do jornal universitário da PUC-RJ e na revista Movimento.
A convite do amigo Cacá Diegues, iniciou sua carreira de diretor na década de 1960 com curtas como curtas Rio Capital Mundial do Cinema e O Circo.
Suas obras mais marcantes são Toda Nudez Será Castigada, de 1973, adaptação do texto de Nelson Rodrigues, que lhe rendeu um Urso de Prata em Berlim; O Casamento, de 1975, Eu Te Amo, de 1980 e Eu Sei Que Vou Te Amar (1986). Os dois últimos são considerados as principais referências de seus trabalhos autorais, em que discute a crise dos relacionamentos de forma bastante intimista.
Jabor foi colunista do jornal O Globo e cronista do Jornal da Globo, da Rede Globo.
Seu último trabalho foi A Suprema Felicidade, lançado em 2010, 24 anos após Eu Sei Que Vou Te Amar.
Arnaldo Jabor deixa três filhas e quatro netos. Como diretor, deixou um filme finalizado, mas sem data de estreia, Meu Último Desejo, adaptado do conto de Rubem Fonseca Livro dos Panegíricos.
Em homenagem a Jabor, o Canal Brasil exibe nesta madrugada Toda a Nudez e a Rede Globo passa no Corujão A Suprema Felicidade. No sábado o Canal Brasil fará uma maratona com os filmes do cineasta.
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