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Morre o diretor Joel Schumacher, aos 80 anos

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Faleceu hoje (22) aos 80 anos o diretor Joel Schumacher. Ele iniciou sua carreira em Hollywood como figurinista, assumindo a direção pela primeira vez no telefilme Virginia Hill. Seu primeiro trabalho com projeção foi “A Incrível Mulher que Encolheu” (1981), constantemente reprisado no SBT.

Foi responsável por dois filmes cult fundamentais da década de 80: “Garotos Perdidos” (1985) e “O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas” (1985). O primeiro trazia um jovem Kiefer Sutherland no papel de membro de uma gangue de vampiros punk. Já o segundo, que explorava as angústias do início da vida adulta experimentadas por um grupo de recém-graduados, revelou ao mundo Judd Nelson, Demi Moore, Ally Sheedy, Rob Lowe e Emilio Estevez.

Adentrou os anos 90 com o thriller “Linha Mortal” (1990) e o polêmico “Um Dia de Fúria” (1993), com Michael Douglas. Mas foi com sua leitura de Batman que ele acabou ficando marcado. E não foi positivamente.

A polêmica de Batman

Com a saída de Tim Burton da cadeira de diretor, a Warner queria alguém capaz de realizar um filme mais palatável ao público infanto-juvenil. “Batman: O Retorno” enfrentou problemas com seu merchandising por ser sombrio demais para crianças e não teve a arrecadação esperada pelo estúdio, que projetava algo próximo ao fenômeno do filme anterior.

Schumacher assumiu o posto de diretor em Batman Eternamente e imprimiu um visual mais colorido, além de um tom mais humorístico. A crítica torceu o nariz, os fãs do personagem se dividiram mas o resultado nas bilheterias agradou a Warner que encomendou o quarto filme.

Em Hollywood, a fórmula das continuações consiste em anabolizar as características da produção que deu certo. Assim sendo, “Batman & Robin” chegou com mais cor (e um visual bem carnavalesco), mais humor (bat-cartão de crédito alguém?) e desagradou os fiéis de primeira hora do Homem-Morcego. A revolta foi tanta que levou Schumacher a pedir desculpas publicamente aos fãs.

Obsessão Estética e o orgulho gay

Seu background como figurinista – assinou “O dorminhoco” (1973), de Woody Allen – explica sua obsessão pela estética nos filmes, das jaquetas de couro dos garotos perdidos à armadura “sensual” de Batman com mamilos. Abertamente homossexual (disse ter tido relações sexuais com 20 mil homens), Schumacher afirmava refletir sua sexualidade com ato político em vários de seus filmes.

O último trabalho do diretor foram dois episódios da primeira temporada de “House of Cards”. Schumacher travava há um ano uma batalha contra um câncer, segundo informaram seus agentes.

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