Sean Connery, o ator escocês mais conhecido por sua interpretação de James Bond, morreu aos 90 anos. A causa ainda não é conhecida, mas sabe-se que há algum tempo ele já vinha apresentando problemas de saúde.
Nascido Thomas Sean Connery em 1930, ele cresceu na área pobre de Fountainbridge em Edimburgo e deixou a escola aos 14 anos para trabalhar como leiteiro para a Co-op. Em 1948, ele ingressou na Marinha Real, só que mais tarde foi dispensado por motivos médicos. Ele ingressou no fisiculturismo aos 18 anos, e conseguiu um trabalho como modelo vivo, entre muitos empregos, e entrou no concurso Mr. Universe em 1953, embora não tenha vencido.
Connery já tinha interesse em atuação, e aproveitou sua estadia em Londres durante o Mr Universe para fazer um teste para a versão teatral de “Ao Sul do Pacífico”, que viraria filme em 1958.
O ator ficou conhecido por sua imponente elegância e eternizado por uma série de papéis marcantes, sendo o mais lembrado o do agente secreto britânico com permissão para matar James Bond. Sua estreia no papel se deu em “O Satânico Dr. No” (1962). Abandonou o personagem depois de “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” (1967), mas voltaria a ele em “007 – Os Diamantes São Eternos” (1970) e pela última vez em “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), que pode não ser considerado dentro da cronologia da série regular.
Apesar de todo o prestígio, Connery só teve uma indicação ao Oscar, de Ator Coadjuvante pelo Jim Malone de “Os Intocáveis”, e saiu vencedor. Também é muito lembrado como o pai de Indiana Jones em “Indiana Jones e a Última Cruzada”. Na ocasião ele não ficou nada lisonjeado por ser chamado para fazer o papel de pai de Harrison Ford, apenas 12 anos mais novo do que ele. Mas ao ter a explicação de que o arqueólogo era alguns anos mais novo do que seu intérprete, ele aceitou.
O mestre Ramirez de “Highlander” (1986) e William von Baskerville de “O Nome da Rosa” (1986) são outros personagens sempre lembrados. De uma forma menos honrosa, o Allan Quatermain de “A Liga Extraordinária” (2003) marcou a carreira de Connery por ser a última aparição do ator no cinema justamente em um filme tão ruim. Mas ao contrário do que se pensa esse não foi seu último trabalho. Apesar de se declarar aposentado em 2003, o último crédito do ator é da animação escocesa Sir Billi, de 2012, em que ele faz a voz do personagem título. A título de curiosidade, o desenho tem 0% de aprovação no Rotten Tomatoes.
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