Um Sonho Possível – Uma história realmente bonita

Sempre fui fã de filmes biográficos. Não importando de quem fosse, ficava com muita vontade de assistir. E no final das contas, todos se mostraram bons filmes a sua maneira.

Com Um Sonho Possível não poderia ser diferente. A primeira coisa que chamou minha atenção foi o poster. Não sabia ainda do que se tratava, mas aquela imagem chamou minha atenção. Um céu azul, gramado verdinho, uma mulher conduzindo um jogador.
O filme é um drama sim. Mas daqueles que te fazem refletir e sorrir o tempo inteiro. Nada de choradeira, cenas tristes ou tragédias. Não. Ele foi feito para emocionar.

Michael Oher (Quinton Aaron) é um garoto sem família, sem casa e muito muito grande. A sorte lhe sorri quando ele consegue entrar para um prestigiado colégio católico de Memphis. Os professores não sabem o que fazer, pois ele não fala, não copia as matérias e nem responde aos questionários. Logo surgem as perguntas: será ele retardado, deficiente, alfabetizado? Ninguém sabe. Mas uma professora encontra um poema no lixo, escrito por Michael. Nele, o garoto narra seu sentimento de diferença por ser praticamente o único negro na escola e tudo a sua volta ser branco. Das paredes ao piso. Logo a mesma professora nota que Michael absorve tudo apenas ouvindo aos professores, o que começa a facilitar suas notas.Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) é uma mulher loira, rica, bem casada e mãe de dois filhos. Collins e S.J estudam no mesmo colégio que “Big Mike” como é chamado por todos. A primeira vez em que Leigh Anne põe os olhos em Mike é quando ela o vê conversando com seu filho. E aquele menino a deixa intrigada. Uma noite voltando de uma peça teatral ela vê que Big Mike está vagando pela rua, e estava fazendo muito frio. Então ela convida o menino a entra no carro com eles e o leva até a sua casa. Michael não acredita no que vê quando chega. Uma mansão enorme e uma família que o acolhe.A partir daqui só coisas boas acontecem. Leigh Anne realmente se encanta com o garoto, assim como sua família e deseja fazer mais por ele. Quando as notas de Michael finalmente melhoram, graças a ajuda de uma tutora muito especial, Sra. Sue (vivida por Kathy Bates) ele é escalado para o time de futebol americano do colégio e é aí que as coisas mudam completamente. A princípio ele não faz idéia de como jogar, mas com uma ajudinha especial de Leigh Anne acaba se tornando um astro e logo muitos olheiros de universidades vem visita-lo e tentam ganha-lo para suas equipes. Michael tem o incondicional apoio de sua família e consegue entrar na Universidade de Ole Miss. E acaba se tornando um grande astro do futebol americano.

É um filme emocionante, que te faz torcer o tempo todo. É um drama feliz, onde você vê que cada um é aquilo que almeja. Não é só porque você nasceu num bairro pobre que precisa se tornar um bandido. Ninguém pode te culpar por querer ser melhor, ter tudo do melhor. Ninguém pode te culpar por querer ser alguém de verdade e não figurar a parte policial do jornal. Michael Oher nasceu num lar desfeito, perdeu contato com a mãe e vagava pelas ruas até alguém lhe estender a mão. Ele podia ter escolhido o caminho mais fácil, porque foi o que seus irmãos fizeram, mas não o fez. Porque no final tudo do que ele precisou foi alguém que acreditasse nele. E não é o que nós queremos também?

Acho realmente que a indicação da Sandra Bullock ao Globo de Ouro foi merecida, pois é um belíssimo papel e ela o executa muito bem. Até me surpreendi quando peguei o jornal hoje para ler e quem estava na capa do Segundo Caderno!? Ela mesma. A matéria falava dela e de seus dois filmes de sucesso em 2009, A Proposta e Um Sonho Possível.

Quando escrevo uma resenha não gosto muito de contar detalhes do filme, porque tem pessoas que por conta disso não vão assistir e obviamente não é isso que eu desejo. Escrevo o que sinto quando vejo o filme. E espero realmente que vocês tenham a mesma vontade que eu tive. Assistam ao filme, garanto que vale a pena.

Melissa.

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