AcervoCríticasFilmes

O Retorno de Mary Poppins é magia e deslumbramento

Compartilhe
Compartilhe

Para revisitar o universo de um clássico do cinema como Mary Poppins, a Disney e o diretor Rob Marshall (do premiado Chicago) criam uma história que faz a narrativa ir para frente, contando o retorno da personagem da Rua das Cerejeiras nos anos 30, quando as crianças do longo original já são adultos. Ao mesmo tempo, eles fazem uma adaptação do original, mas criando novas cenas que remetem ao filme de 1964. Para quem está entrando nesse universo pela primeira vez, irá acompanhar uma história divertida e emocionante, e já para quem já conhece, é nítida a linda homenagem que fazem.
Nessa nova história, Michael Banks (Ben Whishaw) é um viúvo com três filhos que tem como apoio da irmã Jane (Emily Mortimer) para conseguir manter as casa dos pais que será tomada pelo banco. Para isso, eles recebem a ajuda de Mary Poppins (Emily Blunt) e de Jack (Lin-Manuel Miranda) para guia-los a trazer esperança e magia a família.

A dupla Blunt e Manuel Miranda são os grandes destaques do filme, com atuações primorosas e que funcionam perfeitamente nas cenas dos musicais, emprestando aos personagens a o carisma, a alegria e charme necessários para que o filme tenha a grandeza necessária que pede. Blunt substitui Julie Andrews do filme clássico com maestria, elegância e de maneira correta, discreta, como uma boa britânica que tenta não chamar atenção, mas que entrega tudo de coração. Já Manuel Miranda é uma grata surpresa reprisando o papel de Dick van Dyke, que nessa nova versão agora é um acendedor de lampiões, que ganha mais uma motivação na trama.
Como um bom musical, as músicas são ótimas (que provavelmente terá alguma indicada nas premiações vindouras) e as cenas de coreografia são maravilhosas. Mesmo com o respeito pelo filme original, consegue-se perceber o dedo do diretor nessas cenas e que só acrescentam uma certa modernização sem perder o charme e a caracterização delas. Em destaque as cenas com os pinguins, feitas por animação 2D e a cena do grupo de Jack que ascendem os lampiões.

As homenagens a história original estão lá, garantindo a magia e deslumbramento que o filme merece. Apesar da ótima cena com Dick van Dyke, faltou a participação de Julie Andrews para coroar o filme, que declinou o convite.

Compartilhe

Comente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos
ColunasFilmesLiteratura

Família Suassuna vende barato a herança de O Auto da Compadecida

O Auto da Compadecida 2, lançado em 25 de dezembro de 2024,...

CríticasFilmes

Sonic 3 acelera no ponto certo da diversão

“Sonic 3: O Filme” comprova a força do ouriço velocista azul da...

CríticasSériesTV

“Produção de Sonhos” – spin-off de Divertida Mente ousa romper com sua própria condição

Atualmente, é notória a estranha obsessão de Hollywood em transformar tudo em...

ClássicosFilmesNotícias

A Odisseia: Christopher Nolan vai adaptar épico clássico em seu novo filme

Christopher Nolan, um dos cineastas mais fantásticos da atualidade, está prestes a...

CríticasTeatro

A força de Carol Chalita e Joumana Haddad no monólogo Eu matei Sherazade

O público ainda está se acomodando em seus lugares no teatro, quando...

AstrosCríticasSem categoriaSériesTV

Roma – uma série sobre sangue, poder e paixão no Império Romano

Filmes, séries (e livros, peças de teatro, reconstruções, exposições, revistas, fantasias, e...

CríticasFilmesLançamentos

Crônica de uma relação passageira: amor nos tempos modernos

Ah, l’amour! O amor foi assunto de milhares, talvez milhões de filmes....