AcervoCríticasFilmesListas

Os 12 Melhores Filmes de 2018 + Menções Honrosas

Compartilhe
Compartilhe

TULLY de Jason Reitman


Continua sendo uma delicia a parceria entre a roteirista Diablo Cody e o diretor Jason Reitman, e aqui o amadurecimento do texto dela fermentou a segurança da na direção dele, aliada a versatilidade de Charlize Theron. Tully é um jogo psicológico e comportamental muito sagaz, reservando um final que faz todo o sentido. Literalmente.

O PROCESSO de Maria Augusta Ramos


É um grande documento, para além do ser documentário. A câmera fala por si, num recorte mais complexo que partidário. A reflexão que deixa é nebulosa, mas o mais bizarro é o quanto essa reflexão é muito maior do que lado que você vai estar nisso tudo.

ILHA DOS CACHORROS de Wes Anderson


O preciosismo estético do cineasta Wes Anderson encontrou uma representação deslumbrante e até comovente em sua compreensão da cultura japonesa. E aliou a isso um discurso político alinhado à realidade atual, numa alegoria que sabe muito bem o valor de sua identidade como cinema.

MISSÃO IMPOSSÍVEL – EFEITO FALLOUT de Christopher McQuarrie


Cinema também é espetáculo, espacialmente quando faz sentido dentro de sua própria histeria. Nesse novo Missão Impossível o nível sobe tanto que fica a impressão que o amadurecimento de Ethan Hurt (Tom Cruise) se estende as suas próprias aventuras. Um espetáculo de thriller, como poucas vezes um blockbuster soube ser.

120 BATIMENTOS POR MINUTO de Robin Campillo


É um filme contundente. O diretor Robin Campillo faz um filme nobre. Não apenas pela causa que defende, mas pela maneira como humaniza o que está por traz dela. Uma virtude que o cinema francês sempre soube ter.

O ANIMAL CORDIAL de Gabriela Amaral Almeida


Um dos melhores e mais interessantes filmes nacionais da nova safra. Uma obra perene da jovem Gabriela Amaral Almeida que diz muito sobre o talento dela em contextualizar a vida (su) real através de uma bem vinda insanidade de sua mente criativa. Até hoje não me sai da cabeça…

EU, TONYA de Craig Gillespie


A personalidade da protagonista (absorvida com competência pela ótima Margot Robbie), aliada ao que refletia em seu entorno, diz muito sobre a vida que teve sob holofotes. E o filme funciona assim: joga luz sobre o que está em perspectiva. Seja ela verdadeira ou não.

ROMA de Alfonso Cuarón


Roma é uma obra pessoal de pura expurgação. Alfonso Cuarón transformou sua memória afetiva em revisão ética e social, e também acaba por falar do México. É o paroxismo da teoria da aldeia. Cleo (Yalitza Aparicio, deliciosamente instintiva) carrega em si toda a humanidade que um autor pode criar em sua obra, e Roma transborda esse acerto de contas com o que ela representa para o passado e o presente do próprio Cuarón.

BENZINHO de Gustavo Pizzi


Uma singela e bem construída parábola sobre a síndrome do ninho vazio. O filme extrai sensibilidade do viés ordinário de sua história. Isso sem deixar o roteiro cair em idealizações ou esquematismos. Apenas extraindo dos personagens (sobretudo da magnífica Karina Teles) a humanidade de suas perspectivas.

TRÊS ANÚNCIOS PARA UM CRIME de Martin McDonagh


Excepcional comentário social de um microcosmo norte-americano. Martin McDonagh possui uma ironia fina que alimenta a linha tênue entre o absurdo e a identificação. Por isso o filme é tão forte. E tão bom. Todos estão lutando contra seus abismos pessoais, e isso acaba interferindo ao outro. O filme é sobre isso. E não tem como sairmos indiferente dele. Até hoje não entendo como o Oscar preferiu A Forma da Água 

INFILTRADO NA KLAN de Spike Lee


Spike Lee nos dá um agudo soco no estômago ao revelar o quanto viramos a sátira que fazíamos da gente. Como mundo em sociedade mesmo. A visão crítica de Lee encontra uma iconografia assertiva para representar o quanto esse extremo social era normalizado no “american way of life”, assim como para apresentar nuances na maneira como o movimento negro reagia a essa opressão. É um filme político, mas é também um exemplar do total domínio cinematográfico assertivo de Lee.

ME CHAME PELO SEU NOME de Luca Guadagnino


Tem filme que se constrói e existe todo dentro de sensibilidades. O trabalho do diretor aqui é deixar que esse sentimento mova a narrativa. Mova e nos envolva. É um filme demasiadamente humano. E com uma das cenas mais eloquentes que o cinema já mostrou, e com muito pouco: uma fala confessional de um pai para seu filho. Sensibilidade. Por isso carregamos o filme dentro da gente. Uma obra-prima!

MENÇÕES HONROSAS


Num ano relativamente fraco, paradoxalmente, há várias menções honrosas pelos bons filmes que performaram em 2018. São eles Pantera Negra, Viva: A Vida é uma Festa, The Post, Arábia, Buscando, Talvez Uma História de Amor, Um Lugar Silencioso, As Viúvas, Nasce Uma Estrela, Hereditário, Em Chamas, Love, Simon, Ferrugem e Podres de Ricos.

Compartilhe

Comente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sugeridos
CríticasFilmes

A Perfect Love Story: filme bósnio se perde na metalinguagem

A onipresença de Hollywood, nas salas de cinema, serviços de streaming e...

CríticasGames

O que Sucedeu em Next of Kin?

Em agosto de 1990, Thomas Anderson e sua esposa Martha decidiram se...

FilmesNotíciasPremiaçõesSériesTV

Walter Salles comemora as indicações de Ainda Estou Aqui ao Globo de Ouro

Fernanda Torres conquistou uma indicação ao Globo de Ouro pelo filme “Ainda...

CríticasGames

Rage of the Dragons Neo valhe as bolhas nos dedos!

Houve um tempo, ainda que curto, em que os jogos de luta...

FilmesTrailersVideos

Star Trek: Seção 31, com Michelle Yeoh, ganha trailer na CCXP24; veja

“Star Trek: Seção 31”, longa que trará Michelle Yeoh de volta para a franquia, ganhou...

CríticasFilmes

A Guerra dos Rohirrim confirma a vastidão a ser explorada no universo de Tolkien

Depois da monumental versão cinematográfica de “O Senhor dos Anéis” empreendida por...