Tenho uma confissão a fazer. Por favor não me julguem, briguem, batam ou xinguem. Apenas tentem entender a minha visão até então pequena sobre um determinado assunto: filmes europeus. Não gostava, não conseguia assistir qualquer filme que tivesse uma língua diferente do inglês ou espanhol. Logo, filmes franceses, alemães, japoneses, dinamarqueses e afins eram peneirados da minha lista. Felizmente isso mudou. Não sei como pude deixar de assistir tais filmes por tanto tempo. Total burrice da minha parte.
E com essa nova safra de descobertas, me deparei com uma foto na internet que me chamou a atenção. Uma garota totalmente mal encarada, com piercings, brincos e uma coleira pontiaguda. Fiquei intrigada para saber que filme era aquele.
Não foi preciso pesquisar muito para descobrir do que se tratava. A foto era da personagem Lisbeth Salander de Os Homens Que Não Amavam As Mulheres (Män Som Hatar Kvinnor no original ou The Girl With The Dragon Tattoo em inglês) uma hacker super inteligente.
No primeiro filme da famosa Trilogia Millennium, o jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist) está sendo processado por um industrialista sueco, por ter criado falsas acusações. O jornalista é então condenado a três meses de prisão.
Mas antes de cumprir sua sentença, ele é contratado por Henrik Vanger (Sven-Bertil Taube) para investigar o desaparecimento de sua sobrinha-neta há 37 anos. Em paralelo nós temos Lisbeth Salander (Noomi Rapace), 24 anos, uma hacker que trabalha em segredo para uma firma de segurança. Essa mesma firma pede a Lisbeth que investigue Blomvkist e descubra tudo o que puder sobre ele. Mas a vida de Lisbeth não é só flores. Ela é avisada que seu atual tutor sofreu um derrame e não vai mais poder continuar sendo seu guardião, por isso uma outra pessoa está sendo designada para o cargo, Nils Bjurman (Peter Andersson), um advogado corrupto que deixa bem claro para Lisbeth que ela vai ter que lhe prestar certos favores para poder continuar com a ficha limpa e receber seu dinheiro direitinho. Numa primeira vez, Bjurman obriga que Lisbeth lhe faça sexo oral, para poder lhe dar dinheiro a fim de que ela compre um novo computador.
Ao fim do ato, Bjurman não lhe dá nem um terço do dinheiro que Lisbeth precisa. Revoltada e sem poder fazer nada, Lisbeth continua intrigada com os movimentos do jornalista Blomkvist e, através de um computador de um amigo hacker, ela rastreia os passos de sua investigação.
Blomkvist é muito bem recebido por seu anfitrião Henrik, que lhe explica mais detalhadamente o que ele quer com as investigações sobre o sumiço de Harriet (Julia Sporre) em 1941. Ele conta que sua família, os Vanger, são muito influentes, além de bastante ricos, e que tem quase certeza de que foi algum de seus familiares o responsável pelo sumiço de sua adorada sobrinha. Blomkvist se instala em uma casa próxima à mansão principal, onde existem outros prédios onde moram alguns dos membros da família Vanger.
Em suas investigações, Mikael descobre que o pai de Harriet, Gottfried, era um simpatizante nazista. Henrik apresenta a Mikael dois de seus sobrinhos, Cecilia (Marika Lagercrantz) e Martin (Peter Haber), irmão de Harriet. Ambos são muito solícitos com Mikael, mas lhe encorajam a desistir da investigação, pois creem que o tio está caduco e obcecado com essa história.
Determinada a não desistir de conseguir sua liberdade financeira de volta, Lisbeth decide ir até a casa de seu guardião, tentar encontrar um meio deles se resolveram. Nada feito. Depois de levar um soco, Lisbeth é amarrada na cama e violentada por Bjurman. A cena é extremamente forte e quase não possui cortes. Apesar de ter sofrido ato tão hediondo, Lisbeth agora tem uma arma, uma gravação de todo o ocorrido.
Ao chegar a um determinado ponto da investigação, Blomvkist fica preso sem saber para onde seguir. Ele encontra a bíblia de Harriet com nomes e números atrás, os quais ele não faz idéia do que significa. Ao colocar isso em seu computador, Lisbeth tem acesso e imediatamente consegue identificar o que significam os números… Mas o que seria os nomes? É então que os dois se unem na mais improvável dupla para desvendar um mistério há muito tempo esquecido da família Vanger.
Não se deixe enganar por esse título enorme e que, de certa forma, faz juz ao enredo. O filme do diretor Niels Arden Oplev é impecável tanto em direção, roteiro, fotografia e cenas fortes. Ele é consideravelmente longo, com 2 horas e 32 minutos, mas não tem nenhuma “barriga” nem te faz ficar irritado. Muito pelo contrário, ele te prende e faz com que você queira saber quem é o verdadeiro culpado e o motivo.
O melhor de toda história é que as aparências realmente enganam, e que por trás de muita maquiagem e uma atitude agressiva, podem se esconder muitos segredos, tristeza e sofrimento.
Os Homens Que Não Amavam As Mulheres é apenas o início de uma saga muito perturbadora. Existem muitos mistérios por trás de Lisbeth Salander ainda não explicados.
O próximo filme é A Menina Que Brincava Com Fogo, que talvez chegue por aqui só em Junho. O último filme, A Rainha do Castelo de Ar, nem tem previsão ainda, e como Hollywood já colocou as garrinhas de fora para criar uma produção americana do filme, talvez os outros dois acabem sendo boicotados por conta disso, o que vai ser uma pena.
O filme estréia hoje nos cinemas, não percam!
Melissa.
Tava passando no Cine ODEON, vi o filme em cartaz e pelo título achei que a história era sobre homossexualismo. =P
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Sabia q em algum momento o título ia f*der o filme! ¬¬' Eu vi q estava em cartaz no Odeon mas não pude ir!
Tinha um velhinho na bilheteria super empolgado falando que leu todos os livros da série…
Infelizmente os livros não são muito conhecidos. A onda dos vampiros não deixa que mais nada tenha direito a uma fatia de sucesso, mesmo que pequena. Quero muuito ler os livros…aliás estou me coçando…
Li todos os livros, mas não sabia que o filme tinha chagado! o/
ansioso.
P.S: Muito preocupante saber que a cena do estupro foi mantida 'praticamente' integral, no livro, ela é pesadinha também.
Eu concordo. Acho que a classificação etária de apenas 16 anos muito imprópria. A cena é muito forte, e muito adolescente dessa idade não tem cabeça suficiente para assistir tal coisa.
Vi o filme e achei muito BOM. Recomendadíssimo. A atriz que faz a Lisabeth é demais, atua com uma franqueza incrível. Você não nota o tempo passar no filme e você fica com curiosidade pra saber mais e ler os livros.
Acho que além de tudo que é impecável no filme, a atriz foi sem dúvida o principal fator para que desse certo. Afinal pelo o que eu andei lendo por aí, ela parece ter saído direto dos livros. Excelente escolha de elenco.
Estou terminando o terceiro livro e curtindo a ansiedade para ver os filmes. Os livros são sensacionais. Stieg Larsson cria um background para quase todos os personagens – o que os torna mais interessantes. Uma pena que o Larsson faleceu deixando apenas esta obra para nós.
Torci o nariz quando soube que Hollywood está fazendo uma nova versão dos livros, mas quando soube que o David Fincher estará no comando, fiquei mais calmo, e mais ansioso.