Na comédia francesa “Um Banho de Vida”, Bertrand (Mathieu Almaric) é um pai de família desempregado há dois anos e que está passando por um sério período de depressão, contando apenas com o apoio de sua esposa. Seus filhos e seus amigos o desprezam, e após uma tentativa frustrada de entrevista de emprego ele vê um anuncio sobre uma equipe de nado sincronizado masculina próximo à sua casa e resolve participar.
Ao chegar lá, descobre vários outros homens de meia idade como ele e que são treinados de maneira displicente pela instrutora Delphine (Virginie Efira). Ao longo do tempo, a trupe começa a se dedicar mais ao esporte e acabam se inscrevendo no campeonato mundial da categoria que acontecerá na Noruega.
O filme tem uma aura de “Ou Tudo Ou Nada”, só que no longa inglês, em que o grupo precisava fazer por uma questão de sobrevivência financeira, aqui é muito mais uma questão de melhoria da autoestima de cada um deles. E isso traz alguns estereótipos, como o perfeccionista do grupo, que se irrita constantemente e por isso não possui uma boa relação com sua própria família; o dedicado ao trabalho no clube, que não tem vida social e é explorado por todos; e o iludido, dono de loja de piscinas que não vende nada, mas acredita estar tudo bem. A própria treinadora acaba revelando problemas pessoais que a demoveram de uma atleta campeã e respeitada para alguém com uma função de pouco reconhecimento.
O filme funciona melhor em seus aspectos dramáticos, nos quais os personagens tem suas características bem trabalhadas, gerando até alguma empatia no espectador. Já a comédia fica meio forçada, com cenas mais constrangedoras do que propriamente engraçadas. Ou seja, eles acertam de um lado, mas acabam errando na sua ideia principal.
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