Cisne Negro
O melhor dos dez. Darren Aronofsky é sagaz em sua intensa investigação sobre a psiquê do indivíduo frente ao desafio da perfeição. E alegorizar isso paralelizando com a face mais humana do balé foi a jogada de mestre para que o filme funcione a perfeição. Com um roteiro que não perde tempo com firulas e uma fotografia que nos joga na esquizofrenia dos extremos, Aronofsky expande o equilíbrio melódico de Tchaikovsky para uma análise sombria dos seres.
Resenhas:
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A Rede Social
A grandeza principal desse ótimo filme de David Fincher reside na forma genial como o roteiro compreende não só a importância biográfica da história como sua reverberação comportamental num tempo. O filme pode ser olhado de duas formas: como um retrato desmitificado da ascenção do criador do Facebook ou como um interessante ensaio sobre como o ser humano é primitivo, mesmo por trás das idiossincrasias de uma evolução
Resenhas:
A Origem
A Origem é a simbologia maior da inteligente contribuição artística de Christopher Nolan ao cinema mainstream americano. Só por isso sua indicação já teria valido a pena. Mas o filme é mais: é original, substancial e corajoso. Que outro filme, nos últimos anos, foi bem sucedido nessas ambições? E, numa história que versa sobre probabilidades, Nolan nos dá a certeza de que o valor de seu cinema é atemporal e devidamente satisfatório.
Resenhas:
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Toy Story 3
Muitos dizem que a indicação da animação foi puramente protocolar. Não creio. A Pixar foi muito feliz nessa segunda continuação do sucesso de 1995 ao propor um desafio a si mesma. Desafio superado, uma vez que a animação não se ateve a visão genérica de ser um caça níquel e nos apresentou uma análise sobre a despedida da infância numa melancolia que filme live-action nenhum foi capaz de fazer
Resenhas:
Bravura Indômita
Onde uns viam uma ode arcaica a bravura de um indivíduo, representando uma nação, outros enxergavam uma alegoria a um desejo cívico não necessariamente existente. Só mesmo os irmãos Joel e Ethan Cohen para conseguir estimular o cinismo de um discurso utilizando as próprias ferramentas do curral observado. Bravura Indômita é sensacional em qualquer ângulo que se veja.
Resenhas:
O Discurso do Rei
Talvez esse seja o filme perfeito para o Oscar de uns 10, 20 anos atrás. Com a urgência dos filmes que figuram as indicações nos últimos anos, a produção inglesa perde seu impacto discursivo, estético e até de relevância. Porém, é inegável o valor dramatúrgico de sua trama e a forma como isso é construído no roteiro. E seu elenco é um dos mais eficazes de todos os indicados. Não é pouca coisa…
Resenhas:
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127 Horas
Depois de Trainspotting é sem dúvida o filme mais interessante de Danny Boyle. A abordagem e o aproveitamento do limitado plot que tinha para desenvolver é tão bem sucedida que até a situação mais gritante da história real do aventureiro que fica preso nas rochas de Utah, é abordada de forma criativamente lúcida e madura. Frieza psicodélica britânica que nos poupa o sentimentalismo barato que o gênero suscita.
Resenhas:
O Vencedor
Assim como Menina de Ouro, que soube transcender os limites do estigma de “filmes de boxe”, O Vencedor é de uma sinceridade aterradora. O diretor David O. Russel está interessado no aspecto humano do circo brutal que o esporte desenvolve, colocando uma lente de aumento nas relações familiares de dois irmãos que vêem no boxe a justificativa de suas vidas. E mais um caso, dos indicados, de filme que sobrevive pelas excelentes atuações de seus atores.
Resenhas:
Minhas Mães e Meu Pai
Um filme que é tão eficiente quanto pertinente em sua radiografia das novas configurações familiares que não se enquadram mais na condição viciada de minoria. Mas tudo feito com notável leveza e total abdicação de algum viés panfletário. A produção é bem coerente com aquilo que suscita: família gay, hétero e/ou afins se constituem e instituem da mesma forma. O que muda é sempre a visão externa… Mas aí quando se fecha a porta da sala os dilemas e o sentimento que os rege é universal.
Resenhas:
Inverno da Alma
Trata-se de um filme a ser descoberto. A odisséia pessoal a qual a jovem protagonista (vivida com garra de iniciante por Jennifer Lawrence) passa em busca de respostas para o abismo que seu pai deixou em sua vida e de sua família é de uma dureza quase gráfica. Mas se estiver disposto a ir além do que se vê, o resultado é um filme que mostra o quão doloroso pode ser o processo de amadurecimento.
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