Bitscópio: Final Fantasy X

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Para aqueles que amam Final Fantasy, este talvez seja o capítulo com maior número de polêmicas. É o típico caso de ame-o ou deixe-o em que temos argumentos poderosos em favor de ambos os lados e sendo assim, um bom começo para se falar da franquia mais bem sucedida de todos os RPGs dos videogames.

A História

Tudo começa no mundo de Spira, uma espécie de mundo em que o principal elemento é a água. As cidades do mundo ficam à beira mar e toda uma série de elementos se baseiam em água para funcionar, sejam elevadores rudimentares, seja o esporte favorito do mundo, o Blitzball, que é jogado embaixo d’água.

A história começa em uma capital futurista chamada Zanarkand com seu personagem principal, Tidus, um ídolo nacional do Blitzball, sendo ovacionado pelos fãs enquanto caminha para mais um jogo. No meio do jogo… bem, melhor ver a apresentação.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=AqYbAKlA9Yo[/youtube]

O monstro que surge do mar e destroi a cidade se chama Sin e após os eventos que acontecem na apresentação, Tidus e seu mentor, Auron, vão parar 1000 anos no futuro. Lá, Sin ainda existe, mas um grupo de sacerdotes evocadores se une a cada reencarnação de Sin para destruí-lo novamente. Desta vez, uma das que se candidataram a destruir Sin é Yuna e seu séquito de guardiões composto por Wakka (um jogador de Blitzball todo atrapalhado), Lulu (uma maga negra) e Kimahri (um guerreiro ronso, seres que lembram leões, mas bípedes). Posteriormente seu grupo ganha a ajuda de Rikku (uma Al-Bhed, raça que é difamada pelas outras humanóides)

Tidus descobre que seu pai, Jecht, e Aron foram guardiões de Braska, pai de Yuna e se junta a ela para levá-la até as ruínas de Zanarkand, onde a batalha final contra Sin ocorrerá.

O Jogo

Tidus pode ser o seu personagem principal, mas a dona da bola é Yuna. Ela é sua maga branca e summoner, podendo, conforme o jogo avança, chamar os mais variados Summons da franquia, sem contar alguns novos como Valefor. No começo ela é apenas mais uma bucha de canhão que deve ser defendida pelos guerreiros do grupo, mas depois pode se tornar a mais poderosa, sendo capaz de derrotar Sin facilmente dependendo de quanto leveling up foi dado a ela, especialmente porque a arma celestial dela é a mais fácil de adquirir, possibilitando a todos os seus Summons (Aeons) que deem mais de 9.999 de dano por ataque.

Cada personagem pode equipar uma arma e um item de defesa. Como cada um é proficiente em um certo tipo de arma, não dá para ficar trocando entre eles, o que já foi um avanço contra os cheaters de sempre. O grupo de combate é sempre composto por três, que podem ser trocados pelos reservas a qualquer hora durante os combates.

As lutas são em turnos e no canto direito da tela pode-se ver uma espécie de ordem de quem é o próximo a agir. Use haste em um personagem rápido e a carinha dele vai povoar a barra lateral. Cada ação implica em quanto tempo depois aquele personagem irá agir também.

O modo de combate ainda inclui uma barra de overdrive que vai se carregando conforme algumas variáveis que podem ser programadas pelo jogador, como por exemplo, ser atacado. Quando carregada, esta barra permite que seja lançado um ataque fulminante contra os adversários. A mediação entre modo de carregamento da barra e cada personagem é um dos muitos segredos para se bater este jogo.

Quando Yuna faz uma evocação, todos os outros personagens saem de combate e apenas ela e o Summon ficam na tela lutando contra o adversário. Estes também tem uma barra de overdrive para poder soltar seus ataques mais fortes. Logo que eles fazem isso, eles saem de campo e os companheiros de Yuna voltam à batalha.

O caminho do jogo é basicamente linear, levando o jogador das praias da cidade Besaid até Zanarkand. Porém, antes da batalha final, os jogadores terão acesso a Airship de Cid e poderão viajar pelo mundo de Spira antes de enfrentar o último chefe, inclusive podendo fazer as sidequests que os levarão às armas celestiais de cada um e a todos os Aeons de Yuna.

A melhor versão lançada foi a International que tem a adição dos Dark Summons (ou Aeons) e de Penance, o chefe mais poderoso do jogo, como as Weapons dos outros jogos. Ainda, o campo de caça ganhou novos monstros e a habilidade Ribbon foi liberada permitindo que todos jogadores pudessem equipar estes itens apelativos que bloqueiam todos os ataques que causam modificadores de status como veneno, paralisia, etc…

Crítica

Quando foi lançado, o jogo recebeu críticas distintas, algumas felizes pelo novo sistema de dublagem de vozes, usado pela primeira vez nos jogos da franquia, dando mais vida aos personagens e criando uma maior harmonização nos diálogos. O problema é que a dublagem em inglês veio depois e em diversos momentos a boca dos personagens se mexe sem sair nada até que vem a fala, uma discordância que passava batido normalmente.

O novo sistema de batalhas em turnos foi muito bem recebido, mas a evolução através de grades de esferas era um tanto quanto confusa no começo, causando o jogador a cometer alguns erros, mas logo que se apega ao sistema, este é fácil de se seguir, podendo inclusive invadir a grade dos outros personagens para poder aprender skills e magias que só eles têm, criando literalmente um personagem que ataca como um guerreiro, solta magia, se cura, manipula o campo, etc. Porém, a única Summoner do grupo sempre será Yuna.

O jogo de Blitzball foi um dos pontos mais criticados, já que não adicionou nada de novo e sua jogabilidade era confusa e chata. Porém, ser campeão do jogo é pré-requisito para a arma celestial de Wakka, então quem queria completar 100% tinha que se submeter àquela porcaria.

Os gráficos do jogo são uma beleza à parte, sendo pré-renderizados, permitindo uma melhor fluência e qualidade nos backgrounds dos locais caminhados e dos campos de batalha, possibilitando uma ótima profundidade e um maior uso da paleta de cores, criando efeitos até então impossíveis no PS2. A cena abaixo demonstra bem a qualidade dos gráficos e som.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=a9OEWjNqakQ[/youtube]

A trilha sonora foi um dos pontos mais elogiados, juntamente das animações que usavam a qualidade do PS2 para criar ineditamente grandes combates e cenas fantásticas nunca antes vistas na franquia. Porém, um dos pontos mais criticados foi que a história é muito enrolada e o, digamos, pré-vilão Seymour Guado é um idiota copiado do Sephiroth, só faltou a espada. A própria saga dos Summoners para destruir Sin e depois voltarem como ele é estúpida, tanto que Tidus (o mais idiota do grupo) é quem resolve mudar isso.

Ainda assim, a resolução surpreendeu a muitos, dando origem a primeira e única continuação direta de um jogo da franquia: Final Fantasy X-2.

A continuação mostra a busca de Yuna por Tidus, que desapareceu ao final do primeiro. É um jogo mais leve, com sistema de jobs através da troca de roupas. É quase um Final Fantasy Fashion.

De qualquer forma, os defensores do jogo e sua mini continuação respeitam demais a estrutura criada, tanto na parte gráfica quanto sonora. A vontade que se tem é comprar de volta o jogo e usar a placa gráfica do PS3 para ver se algo melhora ainda mais neste belo jogo que pode ser considerado um dos melhores RPGs do PS2.

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3 thoughts on “Bitscópio: Final Fantasy X

  1. Confesso que nunca joguei. Meu interesse pelos Final Fantasy foi destruído pelo IX, que não consegui jogar mesmo. Ainda estou esperando artigos sobre os verdadeiros clássicos da franquia =D

  2. Esse FF é lindo mas muito pouco empolgante, sou mais o VIII

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