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Topscore: os Piores Jogos baseados no Rei Artur

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Em vista do belo especial que o Ambrosia está realizando sobre o mito do Rei Artur, o topscore decidiu participar também deste festim. Infelizmente, os mitos arturianos sofrem com muitas adaptações terríveis em todas as mídias desde a própria literatura (Brumas de Avalon, estou olhando para você!) até o cinema (tantos exemplos que fica chato apontar um, mas até Excalibur tinha muitas gafes feias). Em uma mídia saindo do berço feito games as versões trashs da lenda são ainda mais comuns, para falar a verdade não existe nenhum jogo fantástico com este tema, o melhor até hoje é King Arthur The Roleplaying Wargame, que eu recomendo.

Então  se prepare, vamos destruir nossas memórias com o Topscore arturiano:

5) Tomb Raider: Legend (PC, PS2, Xbox, GC)

Todo mundo sempre soube que a Lara Croft era um Indiana Jones para agradar (sexualmente) o público masculino. Quando a coisa deixou de ser novidade e as pessoas perceberam que um par de peitos e uma atitude de fodona não eram suficientes para conduzir um bom roteiro, o público dispensou a Lara por um game melhor escrito: Uncharted, mesmo com a traumática perda dos peitos para a personalidade engraçadinha de Nathan Drake.

Enfim, assim como Guitar Hero, a Eidos decidiu tirar ovos demais de sua galinha de ouro, e Legend já era o sétimo jogo da franquia, que desde o terceiro já havia virado uma grande porcaria. Até que os desenvolvedores tiveram a brilhante idéia de imitar Indiana Jones de novo e fazer uma história baseada nas lendas arturianas. Legend não é tão ruim quanto diversos jogos da série Tomb Raider, mas também não é lá uma “Última Cruzada“.

O jogo é muito levemente baseado nos mitos arturianos, já que você procura os fragmentos da espada Excalibur em diversas regiões do mundo (e até encontra um escudo do Lancelot em um laboratório soviético). Nada muito bem escrito, afinal, você vai até a América do Sul, numa ruína pré-colombiana e lá você descobre coisas sobre a espada do Rei de Camelot… e acho melhor ficarmos por aqui e não prosseguirmos com a tal “história” que o jogo supostamente tem.

4) Kingdoms of Camelot (Facebook)

O que posso dizer? Farmvillle na Idade Média, e não, não quero doar sementes para sua horta, ou seja lá o que as pessoas pedem nesses jogos do demo de facebook. Por mais que Kingdoms seja um pouco mais complexo que isso, o jogo é cheio de bugs: coisas que somem, cidades que se perdem e ainda tem a lenda que ele rouba o seu dinheiro. Inúmeros usuários reclamaram de Kingdoms graças a problemas como contas do jogo vindo dobradas ou por serem cobrados por itens que nunca apareceram. Se não bastasse o fato que estes jogos sugadores de dinheiro já não fossem estúpidos o suficiente, esse aqui ainda rouba.

Poucas idéias poderiam ser mais idiotas do que prosseguir perdendo horas de trabalho tempo em um game desses. Pessoas que jogam isso tem probleminhas!

3) Sonic and the Black Knight (Nintendo Wii)

Mais uma bomba do mascote da Sega, mas a essa altura todos já estão acostumados. Depois de praticar bestialismo com uma humana, o porco espinho volta mais uma vez para destruir a esperança de gamers melancólicos.

Apesar da passagem de Sonic pelas mil e uma noites ter sido levemente decente, no segundo jogo “histórico” ele volta a ser a aberração degenerada que todos gostamos de falar mal. Se você tiver paciência e o controle responder aos seus comandos (malditas sacudidas de Wiimote que “servem” para tudo), você descobrirá que neste jogo Sonic vai para Camelot e enfrenta um corrupto Rei Artur, que se tornou o cavaleiro negro. Apesar de ser um jogo do porco espinho, o foco aqui é batalhas com espadas e dar dinheiro aos pobres (sério mesmo, várias das missões consistem em doar seus anéis aos camponeses), ou seja, nada da esperada velocidade que todos queriam ver.

E claro, todo o elenco de apoio do Sonic está presente no jogo interpretando algum papel. O formidável Sir Gaiwan, por exemplo, tantas vezes retratado como filho ou sobrinho de Artur, virou uma équidna (Knuckles), um mamífero que bota ovos e atira bumerangues nos inimigos. Porque todos sabemos que atirar bumerangues é aparentemente uma habilidade natural de todos os australianos (e aonde você acha que vive o tal mamífero que bota ovo?).

2) King Arthur and the Knights of Justice (Super Nintendo)

Este jogo tem uma característica muito marcante, ele foi feito pela Square Enix para o Super Nintendo (os anos dourados da empresa, poucos meses antes de Chrono Trigger), e mesmo assim é ruim o suficiente para estar bem colocado neste topscore.

Prestem atenção na premissa: Merlim decide procurar no futuro um grupo de guerreiros para salvar o reino de Camelot. Sua bola de cristal acaba o levando até os Estados Unidos, onde ele assiste uma partida de futebol americano. O nome do time vencedor era “The Knights” e o capitão do elenco se chamava Arthur King (sério, ele tinha esse nome e sobrenome). Enganado pelos termos que eles usavam e sua forte armadura, Merlim, que já devia estar gagá, decide trazê-los para salvar Camelot. Ou seja, você joga com um time de futebol americano na idade média.

Claro que esse “roteiro” poderia ser perdoado se o resto fosse bom, certo? Infelizmente a mediocridade impera no título, com gráficos pobres e jogabilidade fraca e repetitiva. Supostamente o game é baseado em um Anime dos anos 90, o que eu não duvido dado as bizarrices que esses japoneses assistem….

1) King Arthur (PC, PS2, Xbox, GC)

Existem dois tipos de jogos ruins: aqueles feitos por produtores independentes que não tem um bom orçamento ou ainda estão aprendendo sua arte, e jogos que tem um grande selo por trás que deveria ter a consciência de defender a sua marca e cancelar a atrocidade em desenvolvimento. Este aqui é do segundo tipo, só para esclarecer. A Konami e o estúdio Krome nos presentearam com esta bomba que segue a risca as qualidades do filme em que ele foi inspirado, ou seja, nenhuma.

Além da história ridícula e do hack and slash repetitivo e maçante, os controles ainda se comportam como se você tivesse tentando mover um pato com cãibras através de uma pista de gelo. Uma ofensa pessoal a memória do pobre Rei Artur, mas que felizmente não deverá ser lembrada por muito mais tempo, já que o jogo foi um completo fracasso de crítica e vendas.

 

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3 Comentários

  • Eu gosto daquele Knights of the Round, um bom título do Super NES para os que gostam de um jogo tipo Final Fight.

    Agora Felipe, gostaria de sugerir ao Ambrosia que, aproveitando o tema de Arthur, fizessem um review de Brumas de Avalon, o livro. Fiquei curioso, você disse que não curtia muito no texto.

    Abraços!

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