Em seu novo disco, o compositor e cantor Luiz Millan reúne músicos das bandas de Miles Davis, Sting, Paul McCartney, John Lennon, Quincy Jones e Frank Sinatra! Produzido por Arnaldo DeSouteiro, com arranjos de Michel Freidenson, “Brazilian Match” conta com as presenças de alguns dos maiores músicos do mundo: David Sanborn (ganhador de seis prêmios Grammy), Randy Brecker (sete Grammys e mais vinte indicações), Mark Egan (Pat Metheny Group), Barry Finnerty (guitarrista de Miles Davis), John Tropea (guitarrista de Paul Simon e John Lennon), Mike Mainieri (Paul McCartney, Dire Straits), Danny Gottlieb (Al DiMeola), Eddie Daniels, Ada Rovatti e muitos outros. Além deles, participam o lendário grupo vocal New York Voices e cantoras consagradas internacionalmente, como Lisa Ono, Clémentine, Alice Soyer, Ellen Johnson e Giana Viscardi. O álbum, que marca a estreia de Millan no selo americano JSR (Jazz Station Records), de Los Angeles, acaba de ser lançado nas plataformas digitais.
“Brazilian Match” é o quinto disco-solo de Luiz Millan, que também já lançou um DVD, fez trilha para cinema, e compôs para vários artistas. Seu trabalho renova a tradição da MPB através da inspiração de mestres como Tom Jobim, Chico Buarque, Edu Lobo, Ivan Lins e João Gilberto. Seus parceiros mais frequentes são Jorge Pinheiro, Plinio Coutait e Moacyr Zwarg. Entre os músicos brasileiros convidados estão Edu Ribeiro (vencedor do Grammy como integrante do Trio Corrente), Chico Batera (que gravou com Ella Fitzgerald, Rita Lee, Cat Stevens, The Doors, e atualmente integra a banda de Chico Buarque), Sylvinho Mazzucca, Camilo Carrara, Teco Cardoso, Toninho Ferragutti, Chico Oliveira, François, Igor Willcox e Mauricio Zottarelli.
“Luiz Millan é um artista multi-dimensional, dono de uma expressiva obra rica em cores e nuances”, afirma o produtor do álbum, Arnaldo DeSouteiro, que trabalhou com João Gilberto, Tom Jobim, Luiz Bonfá, João Donato, Ithamara Koorax, Dom Um Romão, Marcos Valle, Pingarilho, Eumir Deodato e Mario Castro-Neves. “Fui mostrando as músicas de Millan para meus amigos em todo o planeta, e todos se encantaram com a beleza do trabalho, ficaram fascinados com as composições. Por isso, tudo soa tão orgânico e espontâneo. Eles quiseram participar pela admiração à obra de Millan”! O projeto demorou um ano para ser concluído, de acordo com as agendas internacionais dos convidados, incluindo gravações nos EUA, Japão, França e Itália. Tudo com o objetivo de globalizar a música de Millan, mas sem perder a essência genuinamente brasileira, inclusive mantendo a maioria das faixas com letras em português. Afinal, a fonte inspiradora de Luiz Millan vem sempre do Brasil, de suas terras, florestas e praias, como mostram os títulos e os motes das canções.
A faixa de abertura, “Pacuíba”, onde o guitarrista John Tropea evoca Wes Montgomery, homenageia uma praia paradisíaca do litoral paulista. Outro samba genial, “Morungaba”, nasceu em uma estância climática do interior de São Paulo. Aliás, a música aparece no disco em duas gravações, com arranjos diferentes: Lisa Ono, a mais famosa cantora japonesa, interpreta a cinematográfica letra em português, enquanto Clémentine, que tem mais de quatro milhões de discos vendidos, apresenta uma versão em francês feita por Marilia Millan.
“Andar Descalço”, primeira faixa do disco a tocar nas rádios americanas antes mesmo do lançamento oficial, é um sambão de alta voltagem calibrado por Millan em duo com a cantora paulista Giana Viscardi. A música conta com incendiário solo de trompete a cargo de Randy Brecker, que gravou com Frank Sinatra, Quincy Jones e os brasileiros João Donato e Eumir Deodato no histórico disco “Donato/Deodato”. Ellen Johnson, cantora que fez letras para Charles Mingus e Sonny Rollins, se encarregou de escrever os versos em inglês para “No Bosque de Jacarandás” (In the Grove of the Jacarandas”), onde brilham também David Sanborn (um dos mais icônicos e influentes saxofonistas da história da música) e o baixista Mark Egan.
Outro renomado letrista, Peter Eldridge, que trabalha há duas décadas com Ivan Lins, tornou-se parceiro de Luiz Millan e Jorge Pinheiro na comovente toada “Lua Cheia” (Full Moon). A beleza da música se revela em duas gravações: uma com a letra original em português cantada por Millan e Pinheiro, com solo de Barry Finnerty (guitarrista de Miles Davis no lendário álbum “The Man With The Horn”), e outra com a versão em inglês, interpretada pelo grupo New York Voices. Millan também nos proporciona grandes momentos nas faixas instrumentais. Na pungente balada “Madrugada”, o produtor Arnaldo DeSouteiro uniu o vibrafone de Mike Maineiri (famoso por seus trabalhos com Paul McCartney, George Benson, Dire Straits e à frente de sua própria banda Steps Ahead) ao clarinete infalível de Eddie Daniels e o contrabaixo com arco de Josh Marcum.
Por sua vez, “Quem Sabe”, um tema na onda do latin-jazz, conta com solos de Michel Freidenson e da saxofonista italiana Ada Rovatti. Impulsionada pela percussão caliente de Chico Batera, Rovatti parte para um ousado improviso que atualiza o estilo de fraseado de John Coltrane. “Farrapos de Lua” surge em português (cantada por Millan e Giana Viscardi) e inglês, na voz de Alice Soyer, sob o nome de “Still Looking At The Moon”, com uma pegada pop e um groove hipnótico. Mas a história contada é a mesma: a triste realidade das crianças de rua no Brasil, que levou Millan a escrever uma de suas letras mais engajadas e impactantes.
Outros destaques são “Que Os Ventos Limpem Os Tempos” (com uma bela orquestração de Michel Freidenson), “Ecos da Juventude”, “Montparnasse”, “Sopro de Esperança” e “Século XXI”, esta última com participação de Humberto Clayber, integrante dos famosos trios Sambalanço e Sambrasa. Disponível em todas as plataformas digitais de streaming, “Brazilian Match” está sendo lançado simultaneamente em formato físico de CD, com uma embalagem luxuosa e encarte de 40 páginas, contendo texto de apresentação escrito por Amilton Godoy (Zimbo Trio), fotos, ficha técnica detalhada e todas as letras. O artista plástico Sergio Pinheiro Lima assina a pintura da capa.
A MPB segue, com muita bossa e diversidade de ritmos, seu passeio pelo mundo. Afinal, como afirma o mestre Paulo Sergio Valle, “Luiz Millan é um dos nossos grandes artistas”! Deu match. Como escreveu Amilton Godoy (fundador do Zimbo Trio e do CLAM) no texto para o encarte do álbum: “É impossível não se emocionar com um som tão maravilhoso. A participação especial dos músicos convidados em cada faixa foi uma escolha sábia da produção. Cada um deixou sua marca, seu talento, sua criatividade através de solos geniais. Luiz, você, seus parceiros, os intérpretes, o maestro, os músicos e o produtor se transformaram em verdadeiros mensageiros de luz. Sua música faz bem à alma que se sente abastecida pelos nutrientes que ela transmite”.
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